Nota de pesar: Luis Humberto Pereira

© Autorretrato de Luis Humberto. Sem data. Luis Humberto (1934-2021)

O fotógrafo Luis Humberto Miranda Martins Pereira faleceu na madrugada desta sexta-feira, 12 de fevereiro, aos 86 anos, em decorrência de um câncer. Estava hospitalizado desde o início de dezembro. Em razão da pandemia, o velório será reservado à família. A Fundação Nacional de Artes – Funarte lamenta o falecimento do repórter fotográfico e artista dessa linguagem; e presta condolências a familiares e amigos.

Luis Humberto nasceu na cidade do Rio de Janeiro, mas residia em Brasília, desde 1962. Foi um dos fundadores do Instituto de Artes da Universidade de Brasília (UnB). Formado em arquitetura, passou a dedicar-se à fotografia em 1966, destacando-se sobretudo nas revistas Veja (1968/1978) e Isto É (1978/1982). Foi também diretor de arte e editor de fotografia do Jornal de Brasília (1973), além de colaborador das revistas Quatro Rodas, Cláudia e Realidade.

Entre 1985 e 1986, foi diretor-executivo da antiga Fundação Cultural do Distrito Federal (hoje Secretaria de Cultura do DF). Assumiu em seguida a direção da Divisão de Foto-Imagem da extinta Fundação das Pioneiras Sociais. o fotógrafo dedicou-se, ainda, à documentação da paisagem urbana e a ensaios de caráter autobiográfico. A síntese desse trabalho foi publicada no livro Do Lado de Fora da Minha Janela, do Lado de Dentro da Minha Porta (2010), seguido por Brasília, Sonho do Império, Capital da República (edição do autor, 1981) e Fotografia: Universos & Arrabaldes, que inaugurou a coleção Luz & Reflexão da Funarte, em 1983.

Segundo o fotógrafo Milton Guran, todos os repórteres fotográficos que conviveram com Luis Humberto em Brasília, assim como as gerações mais novas, são seus devedores. “Ser humano especial, ele foi uma das vozes lúcidas no campo fotográfico quando quase ninguém falava, um guia que orientou uma geração de fotógrafos em Brasília e pelo Brasil. Participou e fortaleceu a luta pelos direitos autorais dos fotógrafos e pela criação da União dos Fotógrafos de Brasília. Seu exemplo e sua obra ficarão para sempre. Que descanse em paz, luz eterna”, acrescenta Guran.

Com informações do Centro de Preservação e Conservação Fotográfica (CCPF) Centro de Programas Integrados Funarte

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