Funarte lamenta a morte da atriz e professora de teatro Berta Zemel

A Fundação Nacional de Artes – Funarte lamenta a morte de uma das grandes atrizes do teatro brasileiro, Berta Zemel, no dia 25 de fevereiro, aos 86 anos. Berta estava internada na cidade de São Paulo, com broncopneumonia. A artista ganhou diversos prêmios. Atuou no teatro, na televisão e no cinema.

No teatro, sob direção de Alberto D’Aversa, recebeu o Prêmio Saci, em 1960, pelo papel no espetáculo Mãe Coragem, com texto de Brecht. Pela atuação em O Milagre de Anne Sullivan, de Helen Keller, foi contemplada com o Prêmio Moliére, em 1967. Por Anjo Duro, monólogo sobre a psiquiatra alagoana Nise da Silveira (1905-1999), em 2000, ganhou o Prêmio Associação Paulista de Críticos Teatrais (APCA).

Berta teve sua estreia no cinema em 1968, no filme O Quarto. Atuou em Que Estranha Forma de Amar, em 1977, entre outros trabalhos, e, mais recentemente, nos filmes O Casamento de Romeu e Julieta, de Bruno Barreto, em 2005; e A Casa de Alice, em 2007. A atriz chegou a trabalhar em radionovelas e também criou sua própria companhia teatral, a Teatro Móvel, em 1970. Com o grupo, levou o teatro popular a diversas partes do Brasil. Na TV, foi protagonista na novela Vitória Bonelli, de autoria e direção de Geraldo Vietri, como mãe do personagem de Tony Ramos, em 1972. Após atuar, entre 1970 e 1973, na peça A Vinda do Messias, de Timochenco Wehbi, ela se aposentou dos palcos e retornou em 2000, com a já citada Anjo Duro.

Filha de imigrantes poloneses, Bertha Zemelmacher nasceu em 6 de agosto de 1934. Adotou o nome artístico Berta Zemel quando saiu da Escola de Arte Dramática, em 1956, e foi trabalhar com Sérgio Cardoso, no Teatro Bela Vista.

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