Funarte homenageia Inezita Barroso

Conhecida como a “Dama da música Caipira”, Inezita Barroso foi cantora, atriz de cinema e teatro e apresentadora de rádio e TV, professora e bibliotecária, além de preservadora e divulgadora entusiasta da música tradicional do interior brasileiro. Neste mês de março, que marca o nascimento e a morte de Inezita, a Fundação Nacional de Artes – Funarte homenageia a artista.

Inezita Barroso gravou quase cem discos e alcançou sucesso de público e crítica pela interpretação de canções como Lampião de gás, Tristeza do Jeca, Luar do sertão, O Menino da porteira, Prenda minha, Marvada Pinga, Meu limão, meu limoeiro, entre outras. Desde 1980, apresentava o programa Viola, Minha Viola, da TV Cultura. Nasceu em 4 de março de 1925 e faleceu em 8 de março de 2015, aos noventa anos.

Breve biografia

Ignez Magdalena Aranha de Lima, conhecida como Inezita Barroso, nasceu no bairro da Barra Funda, na cidade de São Paulo. Formada em biblioteconomia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP), gravou seu primeiro disco não comercial em 1951, com as canções Funeral do Rei Nagô (Hekel Tavares/Murilo Araújo) e Curupira (Waldemar Henrique).

Nesse mesmo ano, realizou seu primeiro trabalho como atriz de cinema, atuando no filme Ângela, de Tom Payne e Abílio Pereira de Almeida. No ano seguinte, participou da inauguração da Rádio Nacional de São Paulo, acompanhada ao piano por Tullio Tavares. Já em 1953, lançou seu primeiro disco profissional, com Moda de Pinga (folclore paulista) e Ronda (Paulo Vanzolini).

Embora já tivesse se aproximado do repertório caipira em trabalhos anteriores, foi em 1962, com o disco Clássicos da Música Caipira, que Inezita Barroso passou a ser reconhecida como uma das principais intérpretes do gênero. Em 1980, foi convidada a cantar no Viola, Minha Viola, programa que passou a apresentar no ano seguinte e que deixou somente no ano de sua morte, 14 anos depois. Inezita também foi a porta-voz da música caipira no rádio, apresentando o programa Estrela da Manhã, na Cultura.

Em 2005, Inezita Barroso recebeu o título de doutora honoris causa pelo Centro Universitário Capital (Unicapital – SP), onde dava aulas sobre folclore. Em 2014, foi eleita para a Academia Paulista de Letras, mas não conseguiu tomar posse. Faleceu no ano seguinte, por parada respiratória.

Projeto Pixinguinha

Inezita Barroso também fez parte da história da Funarte. Em 1984, a cantora participou do Projeto Pixinguinha, acompanhada por Oswaldinho do Acordeom. Sob a direção de Paulo César Soares, a dupla estreou no Teatro Dulcina (Rio de Janeiro) e, em seguida, percorreu o Centro-Oeste do país: Brasília, Goiânia, Cuiabá, Dourados (MS) e Campo Grande. Saiba mais sobre o projeto neste link.

Em 2009, Inezita também foi homenageada pelo Estúdio F, programa realizado pela Coordenação de Difusão e Pesquisa (Codip) do Centro de Programas Integrados da Funarte. Acesse aqui o programa.

Com informações da Coordenação de Difusão e Pesquisa – Centro de Programas Integrados – Funarte
Colaboração: Funarte SP