O compositor carioca Sidney Miller completaria 76 anos no dia 18 de abril, domingo. Falecido com apenas 35 anos, ele deixou vasta contribuição à música do país e segue inspirando e emprestando composições a outros artistas. Além de batizar um de seus espaços culturais com seu nome — a Sala Funarte Sidney Miller, no Centro do Rio de Janeiro, em cujo palco foram revelados muitos talentos —, a Fundação Nacional de Artes promoveu outra homenagem: o LP Sidney Miller. Confira detalhes sobre essa trajetória e também um vídeo-documento, disponível no canal da Funarte no YouTube, abaixo.
A Sala Funarte Sidney Miller foi inaugurada em 1978 e assim batizada em 1980, logo após a morte de Sidney – que, na época, era servidor do antigo Departamento de Projetos Especiais da Fundação. O ano de 1982 registrou o lançamento do LP Sidney Miller, com composições do homenageado, gravadas por Alaíde Costa, Zé Luís Mazziotti e Zezé Gonzaga. Integrante do Projeto Almirante, o disco reproduz no encarte o obituário do compositor, publicado pelo crítico Tárik de Souza, no Jornal do Brasil: “Para ele, a música, como a própria vida, foi uma experiência fascinante, mas breve.”.
Pequena biografia
Nascido em 18 de abril de 1945, no bairro carioca de Santa Teresa, Sidney Álvaro Miller Filho se aventurou na literatura e na faculdade de sociologia antes de se tornar músico profissional, em meados da década de 1960. Seu nome se tornou nacionalmente conhecido na TV, no III Festival de Música Popular Brasileira (1967), quando ganhou o prêmio de melhor letra, com A estrada e o violeiro – interpretada por ele em dueto com Nara Leão. Nos breves 15 anos de carreira, deixou três discos: Sidney Miller (Elenco, 1967), Brasil: do guarani ao guaraná (Elenco, 1968) e Línguas de fogo (Som Livre, 1974). Tinha 35 anos quando foi encontrado morto em seu apartamento, no bairro carioca de Laranjeiras, em 16 de julho de 1980.
Sidney Miller e a Sala Funarte
O vídeo-documento Sidney Miller: o compositor e a Sala Funarte, produzido pela Fundação em 2014, apresenta fotografias do Centro de Documentação e Pesquisa (Cedoc) – Funarte e relatos preciosos sobre Sidney. Conta com a participação, por exemplo, de Augusto Pinheiro, produtor cultural e amigo do músico; do grupo Casuarina, que comenta sobre a importância da obra e executa o samba Me dá um dó; e do cantor Miltinho (MPB4).
O material foi lançado pela instituição em 2016, quando foram comemorados os 70 anos de nascimento do artista. Outras composições incluídas na homenagem, de 12 minutos, são: a marcha-cantiga O circo, sucesso na voz de Nara Leão; A estrada e o violeiro e os sambas Meu violão e É isso aí.
Com informações do Projeto Brasil Memória das Artes – Codip – Funarte