Uma grande personalidade das artes brasileiras completaria cem anos em abril de 2021: Cacilda Becker. A Fundação Nacional de Artes – Funarte celebra este centenário, destacando o acervo do Centro de Documentação e Pesquisa (Cedoc) da entidade. Cacilda Becker nasceu no dia 6 de abril de 1921 e faleceu no dia 14 de junho de 1969.
Considerada um dos maiores ícones do teatro nacional, Cacilda Becker interpretou os mais variados tipos de personagens. Transitou da cena clássica à moderna e da tragédia à farsa. Protagonizou vários espetáculos do famoso Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) – celeiro de grandes talentos. Fundou uma companhia de sucesso, que levou seu nome.
No acervo do Cedoc – Funarte há dossiês específicos relacionados à atriz, um de fotos e um de impressos. Também existem fotos com Cacilda em dossiês fotográficos e em dossiês de impressos contendo recortes de jornal, programas e cartazes de diversas montagens.
A Funarte possui ainda um teatro, no Rio de Janeiro, cujo nome é uma homenagem à atriz: o Teatro Cacilda Becker, no Catete, Zona Sul da cidade. Hoje, o espaço é dedicado à dança.
Sobre Cacilda Becker
Cacilda Becker e Fredi Kleemann em “Jornada de um longo dia para dentro da noite”, 1958. Funarte/Centro de Documentação e Pesquisa (Fot.LB-Per.AC Cacilda Becker).
Cacilda Becker Iaconis nasceu em Pirassununga (SP). É irmã da atriz Cleyde Yáconis. (1923 – 2013). No início de sua carreira, na década de 1940, transitou entre os movimentos teatrais das cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. Integrou grupos de teatro amador, como o Teatro do Estudante do Brasil (TEB) – criado e conduzido por Paschoal Carlos Magno e o Grupo Universitário de Teatro, e importantes companhias, como Os Comediantes e o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Foi a primeira profissional contratada na empreitada, na qual permaneceu, de 1948 a 1955. Em 1958, fundou a Companhia de Teatro Cacilda Becker – juntamente com sua irmã Cleyde, Walmor Chagas, Ziembinski e Fredi Kleemann.
Na história do teatro brasileiro, o nome dessa grande dama dos palcos aparece em 23 espetáculos. Foi contemplada como melhor atriz do ano de 1965, com o Prêmio Moliére, por Quem Tem Medo de Virgínia Woolf, de Edward Albee; e com o Prêmio da Associação Brasileira de Críticos Teatrais (ABCT), por seus trabalhos em A noite do Iguana, de Tennessee Willians e em O preço de um homem, de Steve Passeur.
Participou de três filmes: Luz dos Meus Olhos (1947), Caiçara (1950) e Floradas da Serra (1953). Durante os anos 1940, também atuou no rádio, na Rádio Tupi e na Rádio América. Na televisão, apresentou programas de teleteatro na TV Cultura, em 1956, na TV Record, em 1958, e na TV Bandeirantes, em 1968. Ainda em 1968, assumiu a Comissão Estadual de Teatro de São Paulo, na qual defendeu os direitos da classe teatral.
Faleceu aos 48 anos, após ficar internada por 38 dias, devido a um derrame cerebral – sofrido durante o intervalo do espetáculo Esperando Godot, em que fazia o papel principal.
No acervo do Cedoc é possível encontrar outros documentos sobre a carreira da atriz, como fotografias, recortes de jornal, programas de espetáculo e cartazes. Conheça mais por meio do Sistema Sophia, neste link.
Devido à pandemia de covid19, o atendimento da Biblioteca Edmundo Moniz, do Cedoc – Funarte é virtual, apenas através do e-mail: bibli.cedoc@funarte.gov.br.
Para mais informações sobre os serviços do Centro de Documentação e Pesquisa da Funarte, acesse esta página.