Espetáculo ‘Proibido Elefantes’, da Cia. Gira Dança (RN), encerra Etapa Nordeste do Festival Acessibilidança

Montagem 'Proibido Elefantes', do Rio Grande do Norte, encerra a Etapa Nordeste do Acessibilidança - Foto: Brunno Martins

A Fundação Nacional de Artes lança, na quarta-feira, dia 8 de setembro, às 20h, o espetáculo Proibido Elefantes, do Rio Grande do Norte. A montagem, da Companhia Gira Dança, encerra a terceira fase do Festival Funarte Acessibilidança, que tem sete espetáculos da Região Nordeste. Segundo a companhia, proporcionar acesso do público em geral a uma montagem como Proibido Elefantes é colocar a sociedade em frente a um espelho. “Mesmo no campo subjetivo que é a criação em dança, a obra absorve diversas vivências, sejam elas dos corpos dançantes que estão no vídeo ou de pessoas que passaram pela vida deles”, diz o grupo.

As sessões do Festival Funarte Acessibilidança, em vídeos com audiodescrição e Libras, ficam disponíveis no canal da Funarte no YouTube (bit.ly/FunarteYouTubeFestivalAcessibiliDanca) logo após o lançamento. A programação gratuita teve início em junho e vai até o final de outubro, com a publicação dos 25 projetos contemplados.

A obra desta semana fala sobre o olhar como via de acesso; porta de entrada e saída de significados. “O modo como percebemos a realidade é resultante do diálogo que estabelecemos com ela. Nosso olhar é constituído pela realidade, assim como a realidade é constituída pelo nosso olhar — a construção do sentido transita em via de mão dupla. O olhar enquanto apreensão subjetiva do mundo é, neste trabalho, apontado como elemento potencializador do sujeito diante dele”, frisa o coletivo.

Proibido Elefantes tem concepção, direção geral e coreografia assinadas por Clébio Oliveira, e a direção artística fica a cargo de Alexandre Américo. O vídeo da montagem tem 55 minutos de duração e é indicado a maiores de 16 anos. “Proibir elefantes, neste espetáculo, é proibir o olhar que ressalta as limitações, os impedimentos e que duvida da capacidade do sujeito frente à adversidade. Proibir elefantes, aqui, é apostar no olhar do sujeito sobre si e sobre o mundo em que vive como elemento ressignificador e instaurador de realidade”, reforça a Gira Dança.

Bailarinos da Cia. Gira Dança performando em ‘Proibido Elefantes’ – Foto: Brunno Martins

Sobre a Cia. Gira Dança

Companhia de dança contemporânea, formada por bailarinos com e sem deficiência, a Gira Dança tem como proposta artística ampliar o universo da dança por meio de uma linguagem própria, voltada para o conceito do corpo como ferramenta de experiências. O coletivo busca instigar nos espectadores a discussão sobre os limites do corpo, rompendo preconceitos e limites preestabelecidos, com foco nas relações entre corpos com e sem deficiência.

Com sede em Natal, no Rio Grande do Norte, a Gira Dança foi fundada em 2005, pelos artistas da dança Anderson Leão e Roberto Morais. O grupo desenvolve ações sociais como palestras e oficinas em instituições de ensino e organizações.

O Festival Funarte Acessibilidança

O Festival Funarte Acessibilidança, em estreia na instituição, foi criado a partir das ações do Prêmio Festival Funarte Acessibilidança Virtual 2020. No concurso público, foram premiados 25 projetos de vídeos de espetáculos, que promovem o acesso de todas as pessoas à arte.

Com a iniciativa, a Funarte busca realizar novas ações a partir do uso das mais recentes tecnologias, estendendo, desse modo, um novo modelo para todo o Brasil. Assim, a Fundação reforça seu compromisso de promover e incentivar a produção, a prática, o desenvolvimento e a difusão das artes no país; e de atuar para que a população possa cada vez mais usufruir das manifestações artísticas. Criada em 1975, a Funarte segue, portanto, empenhada em acompanhar as transformações no cenário artístico e social.

O coordenador de Dança da entidade, Fabiano Carneiro, destaca a importância de se levar essa linguagem artística à população, durante o período de distanciamento social. “Estamos estreando o Festival Funarte Acessibilidança, um projeto inédito com foco na acessibilidade e na inclusão. Ao longo dos próximos meses, serão apresentados espetáculos de dança das cinco regiões do Brasil, plenamente acessíveis ao público, contemplando uma enorme diversidade na sua programação”, explica o coordenador.

O festival foi lançado no dia 16 de junho, com Lua de Mel, da Cia. Lamira Artes Cênicas (Tocantins). Na semana seguinte, foi exibido Maculelê: Reconstruindo o Quilombo, do Grupo de Dança Reconstruindo o Quilombo (Rondônia). Solatium encerrou a agenda das companhias da Região Norte. A segunda fase teve montagens premiadas da Região Sul. Flamenco Imaginário, da Cia. Del Puerto (Rio Grande do Sul), deu início à programação. Em seguida, Convite ao Olhar, da Cia. de Dança Lápis de Seda (Santa Catarina), foi disponibilizado. Do Avesso, do Grupo Nó Movimento em Rede (Paraná), fechou a temporada da região.

A terceira fase divulga os trabalhos da Região Nordeste. A estreia foi com Estado de Apneia, do Grupo Movidos Dança Contemporânea, do Rio Grande do Norte. Depois, foi a vez da montagem Ensaio sobre o Silêncio, de Pernambuco; de Maré – Versão virtual e acessível, do Rio Grande do Norte; de Rio sem Margem, da Bahia; de Plenitude, do Piauí; e de Ah, se eu fosse Marilyn!, da Bahia. A programação segue agora com a montagem Proibido Elefantes, do Rio Grande do Norte, que encerra a etapa Nordeste do evento.

Os projetos contemplados nas demais regiões do País serão exibidos em seguida, até outubro, por meio do canal da Funarte no YouTube (bit.ly/FunarteYouTubeFestivalAcessibiliDanca). No decorrer das apresentações, o coordenador de Dança da Fundação, Fabiano Carneiro, participará de uma “live” com diretores e artistas de dança, além de convidados.

Festival Funarte Acessibilidança

 Acesso gratuito, no canal: bit.ly/FunarteYouTubeFestivalAcessibiliDanca

Com audiodescrição e Libras


Espetáculo Proibido Elefantes, da Companhia Gira Dança (Rio Grande do Norte)
Dia 8 de setembro, quarta-feira, às 20h

Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 55 minutos

Ficha técnica:
Concepção, coreografia e direção: Clébio Oliveira / Direção artística: Alexandre Américo / Assistente de coreografia: Álvaro Dantas / Bailarinos e criação: Álvaro Dantas, Jania Santos, Joselma Soares, Marconi Araújo, Iego José e Ana Vieira / Produção executiva: Celso Filho /Trilha sonora original: Toni Gregório / Figurino: Loris Haas / Colaboração: Daniela Fusaro / Design de luz: Ronaldo Costa / Operação de luz: David Costa.

Agenda dos contemplados das demais regiões

Região Centro-Oeste – Dia 15 de setembro

Região Sudeste – Dia 13 de outubro

Região Norte (espetáculos já disponíveis)Lua de Mel, da Cia. Lamira Artes Cênicas (TO); Maculelê: Reconstruindo o Quilombo, do Grupo de Dança Reconstruindo o Quilombo (RO); e Solatium, do Corpo de Dança do Amazonas (AM)

Região Sul (espetáculos já disponíveis): Flamenco Imaginário, da Cia. Del Puerto (RS); Convite ao Olhar, da Cia. de Dança Lápis de Seda (SC); e Do Avesso, do Grupo Nó Movimento em Rede (PR)

Região Nordeste (espetáculos já disponíveis): Estado de Apneia, do Grupo Movidos Dança Contemporânea (RN); Ensaio sobre o Silêncio, da coreógrafa Taciana Gomes (PE); Maré – Versão virtual e acessível, do Coletivo CIDA (RN); Rio sem Margem (BA), do bailarino Elísio Pitta; Plenitude, da Cia. Dança Eficiente (PI); e Ah, se eu fosse Marilyn!, do coreógrafo Edu O. (BA)

Os vídeos ficam disponíveis no canal da Funarte no YouTube após a exibição

Realização
Fundação Nacional de Artes – Funarte | Centro de Artes Cênicas | Coordenação de Dança
Secretaria Especial da Cultura | Ministério do Turismo | Governo Federal

Mais informações para o públicodanca@funarte.gov.br

Mais informações para a imprensa
Assessoria de Comunicação – Funarte
ascomfunarte@funarte.gov.br

Outras ações e editais da Funartewww.funarte.gov.br

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