Acostumada aos aplausos, Fernanda Montenegro não só agradeceu a manifestação do público como se emocionou na noite de estreia do seu espetáculo “Viver sem tempos Mortos”, no Teatro Dulcina, sexta-feira, dia 19, no Rio de Janeiro. “Estou muito feliz de estar aqui, de poder pisar nesse palco do Dulcina. Esse teatro era a casa dela e retomar esse espaço é muito importante. Agradeço à Funarte, ao Antonio Grassi e a todos que estiveram envolvidos nessa revitalização mais que especial. Tenho certeza que a Dulcina está muito feliz”, afirmou Fernanda, que fez questão de lembrar a atriz Dulcina de Moraes.“Quero deixar viva a memória de Dulcina. Uma mulher brava, que lutou muito pela cultura. Estudou muito para trazer cenários fixos, iluminações modernas. O teatro deve muito a ela”, completou.
No monólogo “Viver sem tempos Mortos”, Fernanda Montenegro interpreta textos criados a partir das correspondências trocadas entre Simone de Beauvoir, escritora, pensadora e ensaísta francesa, e Jean Paul-Sartre, filósofo e artista militante. “Gosto muito da história de Simone de Beauvoir. Identifico-me com sua visão do feminino, com a paixão pela vida”, admitiu a atriz que ainda falou sobre a experiência de brilhar sozinha no palco. “Acho que, de vez em quando, a gente tem que fazer um monólogo para testar o talento e acredito que ainda estou bem, com um texto deste”, brincou Fernanda.
“Viver sem tempos Mortos”, com Fernanda Montenegro, fez curta temporada no Teatro Dulcina e, nas três apresentações, os ingressos foram esgotados.