Acaba em samba o ‘Musicafinidades’, na Sala Funarte Sidney Miller

Délcio Carvalho e Grupo Galocantô: renovação do samba na Lapa

Ingressos: R$ 10. Meia-entrada: R$ 5

O Grupo Galocantô e Délcio Carvalho encerram “E Tudo acaba em samba”, quinto e último bloco da programação do projeto Musicafinidades – Ecos de 22, que ocupa a Sala Funarte Sidney Miller. O projeto relaciona a música brasileira ao movimento modernista de 1922. O bloco de encerramento da agenda inclui alguns dos artistas responsáveis pela revitalização do samba do bairro da Lapa – tradicional polo da música popular do Rio de Janeiro. O Musicafinidades foi contemplado, no Edital de Ocupação da Sala, em 2012.

Nascido em Campos, no norte do RJ, e filho de músicos, Délcio Carvalho mudou-se para a capital carioca, participou de programas de calouros e trabalhou como cantor de boate, nos subúrbios. Em 1968, teve sua primeira composição, “Pingo de Felicidade”, gravada por Christiane, e no ano seguinte formou o conjunto Lá Vai Samba, que se apresentou em alguns festivais. Seu maior sucesso foi o samba “Sonho Meu”, com Dona Ivone Lara, de 1978, gravado por Maria Bethânia, Gal Costa e Clementina de Jesus. A parceria com Dona Ivone Lara rendeu ainda outros clássicos como “Alvorecer”, “Acreditar”, “Liberdade” e “Minha Verdade”. Lançou quatro discos: “Canto de um Povo” (1980), “Amar É Sofrer” (1988), “Afinal” (1996) e o elogiado “A Lua e o Conhaque” (2000), com participações especiais de Zeca Pagodinho e Zezé Gonzaga, entre outros.

No show do “Musicafinidades”, Délcio será acompanhado por um dos principais grupos de samba do Rio de Janeiro, o Galocantô – indicado ao Prêmio TIM 2007, como Melhor Grupo de Samba e, em 2010, ao Prêmio da Música Brasileira 2010 – desta vez, pelo trabalho “Lirismo do Rio”, com canções próprias e de sambistas consagrados, como Nei Lopes, Wilson Moreira, Toninho Gerais e Trio Calafrio. Algumas músicas do “Galo” são conhecidas em toda a cidade e considerados verdadeiros “hinos”, nas rodas de samba, como por exemplo, “Galã de Xerém” (Pablo Amaral e Edu Tardin) e “Pão que Alimenta” (Edson Cortes, Wantuir e Binho Sá).

Criado e coordenado pelo produtor Leonardo Conde, o Musicafinidades, que ocupa a Sala desde o dia 31 de maio, buscou mostrar os movimentos e personagens da música, afinados com o pensamento modernista, cujo marco foi a Semana de Arte Moderna de 1922. “O samba é a verdadeira identidade musical brasileira, que tanto os modernistas buscavam em 22”, diz Leonardo Conde, idealizador do projeto. Este último bloco reuniu atrações como Eduardo Gallotti e Moacyr Luz, Samba de Fato, Izzi Gordon, Anjos da Lua, Elisa Addor e Canal de Litro. O projeto ofereceu 42 atrações, em 29 espetáculos musicais, cinco palestras, cinco oficinas e três filmes, seguidos de debates, além do lançamento de um CD. Em agosto, houve duas oficinas: “Percussão”, com Fábio Luna, e “Tem Samba na Área”, com Pedro Hollanda.

Musicafinidades – Ecos de 22
Show de encerramento
Grupo Galocantô e Délcio Carvalho
23 de agosto, quinta-feira, às 18h30

Sala Funarte Sidney Miller
Rua da Imprensa, 16, térreo – Palácio Capanema – Centro – Rio de Janeiro (RJ)
telefone: (21) 2279-8104
Capacidade : 225 lugares
Classificação indicativa etária: livre

Realização: VFC Rio Marketing Cultural (Saga Produções)
Concepção e coordenação de produção: Leonardo Conde
Projeto contemplado no Edital de Ocupação da Sala Funarte Sidney Miller / 2012

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