A Fundação Nacional de Artes vai reabrir o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), em São Paulo, a partir de outubro. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o presidente da Funarte, Antonio Grassi, disse, nesta quinta-feira, 7/2, que está fazendo de tudo para que o prazo seja cumprido.
Considerado marco da modernização do teatro brasileiro nos anos 1940 e celeiro de nomes fundamentais nos anos 1950 e 1960, o TBC ganhou novo projeto arquitetônico. Das quatro salas, apenas uma será mantida. As demais serão transformadas em um espaço multiuso, que poderá receber espetáculos, exposições e projetos em outros tipos de expressão artística.
Orçada em R$ 13 milhões, a reforma também prevê a criação de um café e a recuperação da fachada do prédio. Em março, será lançado o primeiro edital de ocupação do espaço, destinado a residências artísticas com duração de seis meses. “A intenção é analisar projetos em todo território nacional, para receber grupos de todo o país”, disse Grassi à Folha.
O projeto inclui, ainda, um espaço destinado à conservação e à exibição de acervos de artistas que participaram da história do TBC. Há fotografias, vídeos, programas de teatro e outros artigos que registram a passagem de nomes famosos, entre eles os atores Sérgio Britto (1923-2011), Walmor Chagas (1930-2013), Cacilda Becker (1921-1969) e Paulo Autran (1922-2007) e os diretores Antunes Filho e o italiano Adolfo Celi (1922-1986).