A Fundação Nacional de Artes lamenta a morte da atriz Cleyde Yáconis, ocorrida na tarde dessa segunda-feira (15), aos 89 anos de idade. Ela estava internada no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, desde outubro de 2012. Nascida em Pirassununga, São Paulo, em 14 de novembro de 1923, Cleyde Yáconis iniciou a carreira em 1950. Na época, havia sido levada pela sua irmã Cacilda Becker para trabalhar no guarda-roupa do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Um dia, precisou substituir Nydia Licia no papel de Rosa Gonzalez, em O Anjo de Pedra, de Tennessee Williams. Por sua atuação, Ziembinski a convidou para o papel de Annette, em Pega-fogo, de Jules Renard.
No ano seguinte, 1951, tornou-se a atriz-revelação do teatro paulista, premiada pela Associação Paulista de Críticos Teatrais (APCT). De 1950 a 1964 participou de 35 montagens no TBC, entre as quais, Santa Marta Fabril S.A., de Abílio Pereira de Almeida (1955); Adorável Júlia, de Marc-Gilbert Sauvajon (1957); e A Morte do Caixeiro-viajante, de Arthur Miller (1962). Em 1953 ganhou seu primeiro grande papel no TBC, a Senhora Flora, protagonista de Assim É Se lhe Parece, de Luigi Pirandello, quando levou o Prêmio Governador do Estado como melhor atriz do ano. Em Maria Stuart, de Schiller(1955), também é premiada como melhor atriz, recebendo o Prêmio Saci.
Seu último trabalho na televisão foi a novela “Passione”, de Silvio de Abreu, em 2010, na qual viveu a personagem Brígida. No teatro, sua última peça, “Elas Não Gostam de Apanhar” (montagem de Nelson Rodrigues), estreou em julho de 2012.
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Série Depoimentos – Da infância sofrida à gloria através do teatro