Quatro espetáculos de dança no Cacilda Becker, no Rio

Quatro espetáculos são destaque na programação do projeto de ocupação do Teatro Cacilda Becker, no Rio. O Conexão Cacilda, neste mês de junho, oferece também três oficinas, quatro palestras e a exposição Graciela Figueroa. Repertório 1, com a Companhia de Dança da Cidade, tem apresentações neste final de semana (dias 7, 8 e 9), depois seguem-se Fase Dourada, com a Márcio Cunha Dança Contemporânea, nos dias 14, 15 e 16;  e Solos, com Holly Cavrell, Dudude Herrmann e Companhia de Dança da Cidade, nos dias 21, 22 e 23 . Repertório 2, com a Companhia de Dança da Cidade, encerra a série de espetáculos nos dias 28, 29 e 30 de junho.

Além dessas atrações, o projeto de ocupação do Cacilda Becker também vai promover as oficinas Tap e Corpo, com Laura Collor; Corpo como memória na remontagem de Graciela Figueroa, com Dudude Herrmann; e O corpo-intérprete nas remontagens de Helen Tamiris, com Holly Cavrell.

Palestras e a exposição Graciela Figueroa, com curadoria de Carla Strachmann e Regina Neves completam a programação. Todos esses eventos são gratuitos.

No dia 26, o charme agita mais uma vez o teatro com a segunda edição do baile O Cacilda é um Charme. O DJ F-Soul e os dançarinos da Dança Charme & Cia. comandam a festa, celebrando a cultura e a dança charme.

Sobre a Companhia de Dança da Cidade:

Criada em 2003 pelo crítico e pesquisador Roberto Pereira (in memoriam), a Companhia de Dança da Cidade trabalha com um perfil ainda inédito no país: remontagens de obras representativas de grandes nomes da dança moderna e contemporânea brasileira. A Companhia é um projeto de extensão do curso de Licenciatura em Dança da UniverCidade (RJ). Desde sua criação, a coordenação geral está a cargo da professora Marise Reis, que também foi bailarina de importantes companhias cariocas.

Já foram remontadas obras de 14 importantes coreógrafos nacionais: Ana Vitória, Ana Mondini, Arnaldo Alvarenga, Carlota Portella, Graciela Figueroa, Jair Moraes, João Saldanha, Lia Rodrigues, Lourdes Bastos, Nina Verchinina, Paulo Caldas, Regina Sauer, Renata Melo e Sônia Mota.

Sobre a Márcio Cunha Dança Contemporânea:

A Márcio Cunha Dança Contemporânea vem desenvolvendo pesquisas entre artes plásticas e dança, através de livre inspiração em artistas plásticos de diferentes épocas, correntes e pensamentos, com o objetivo de ampliar as possibilidades geradoras do movimento cênico. Nesse processo contínuo de pesquisas e criações, foram produzidos quatro espetáculos significativos: Tela Azul (2008), inspirado nas obras do artista japonês TaiziHarada; Vermelho Cádmio (2009), criado a partir dos desenhos e pinturas do artista americano Andrew Wyeth; Figuras Amarelas (2010), concebido sob influência das obras da dupla de artistas brasileiros OsGemeos; e Corvos e Girassóis (2011), a partir das pinturas do artista holandês Vincent Van Gogh.

Confira a programação completa:

ESPETÁCULOS

  • Repertório 1, com a Companhia de Dança da Cidade (RJ)

Conta com coreografias de Ana Vitória, Arnaldo Alvarenga e Lydiadel Picchia, Graciela Figueroa, Lia Rodrigues e João Saldanha, além de Nina Verchinina.

Ficha técnica:
Direção geral: Marise Reis
Iluminação: Deise Calaça
Bailarinos: Aline Nascimento, Camila Zambelli, Clarissa Barbio, Débora Rodrigues, Gabriela Pierri, Renato Cruz e Thaiany Menezes.

Dias 7, 8 e 9 de junho
Sexta, sábado, às 20h
Domingo, às 19h

Duração: aproximadamente 60min.
Classificação indicativa: livre
Entrada: R$20 (inteira) e R$10 (meia)

  • Fase Dourada, com a Márcio Cunha Dança Contemporânea (RJ)

Inspirado na obra de Gustav Klimt, investiga as possíveis intersecções entre as artes plásticas e a dança através do feminino. O espetáculo foi contemplado com o Prêmio Funarte Klauss Vianna de Dança 2012. Em cena, seis intérpretes – três mulheres e dois homens, além de uma cantora lírica – trazem à memória do espectador aspectos da relação entre os gêneros masculino e feminino, além de questões pertinentes à condição humana. A figura feminina é representada, em sua potência e fragilidade criadora, através de estados gerados pela repetição de movimentos, demonstrando na ação a vaidade e a sedução como ferramentas de construção de um corpo cênico.

Ficha técnica:
Direção e concepção: Márcio Cunha
Assistente de direção: Renata Reinheimer
Colaboração artística: Márcia Rubin
Intérpretes-criadores: Márcio Cunha, Renata Reinheimer, Carolina Bahiense, Patrícia Riess, João Ferreira
Cantora lírica: Suzana Santana
Trilha sonora: composições de Franz Schubert
Preparação dos intérpretes: Soraya Jorge
Ensaiadora: Maíra Maneschy
Cenografia, fotografia e design: Leonardo Miranda
Figurinos: Renata Lamenza
Iluminação: Renato Machado

Dias 14, 15 e 16 de junho
Sexta e sábado, às 20h
Domingo, às 19h

Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: 18 anos
Entrada: R$20 (inteira) e R$10 (meia)

  • Solos, com Holly Cavrell (SP), Dudude Herrmann (MG) e Companhia de Dança da Cidade (RJ)

Coletânea de trabalhos de três coreógrafos: Helen Tamiris (EUA), Graciela Figueroa (Uruguai / Brasil) e Sônia Mota (SP). Holly Cavrell (SP), Dudude Herrmann (MG) e a Companhia de Dança da Cidade (RJ) dançam, respectivamente, os solos The Negro Spirituals, Pedaço de uma Lembrança, e Fuga Quase Libera.

Sobre The Negro Spirituals, de Helen Tamiris:
Integrante do movimento da dança moderna nos Estados Unidos, juntamente com Martha Graham, Doris Humphrey, Charles Weidman e Hanya Holm, a coreógrafa Helen Tamiris elaborou a série de danças The Negro Spirituals entre 1927 e 1932. Mulher de forte personalidade política, socialista, destacou-se rapidamente, sendo a primeira a criar movimentos com músicas dos “spirituals” negros. Com exclusiva permissão do sobrinho da própria Tamiris, Bruce Becker, a bailarina Holly Cavrell executa seis solos de notável valor histórico.

Ficha técnica:
Coreografia: Helen Tamiris
Música: Canções tradicionais – American Negro Spirituals
Arranjo: Genevieve Pitot
Cantores: Muriel Rahn, Eugene Brice e Hilda Harris
Bailarina: Holly Cavrell

Sobre Pedaço de uma Lembrança, de Graciela Figueroa:
Trabalho de composição em tempo real, onde Dudude Herrmann faz uso de sua memória física, afetiva, para ativar o corpo no momento da ação. O trabalho possui uma importância singular para a artista, pois em 1976 foi a primeira vez que ela improvisou em cena, como produto final de um processo. Graciela Figueroa, coreógrafa convidada na época, compôs os dois últimos movimentos do Concerto para trompete e orquestra, de Haydn – adagio e allegro – sendo o primeiro movimento dançado por Dudude no frescor de seus dezessete anos. Pedaço de uma Lembrança estreou no Festival 1, 2 na Dança (MG), em outubro de 2004, com o intuito de homenagear Marilene Martins.

Ficha técnica:
Concepção / interpretação: Dudude Herrmann
Música: Concerto para Trompete e Orquestra, de Haydn

Sobre Fuga Quase Libera, de Sônia Mota:
Dividida em três partes, esta coreografia explicita a trajetória da coreógrafa, como bailarina e criadora. Simbolicamente, através de três repetições da música utilizada pelo mestre Fokine para sua Morte do Cisne, Sônia revisita sua formação em balé clássico e a construção de sua própria linguagem de dança contemporânea, terminando com uma reflexão sobre sua dança e sua vida.

Ficha técnica:
Intérprete – Ana Figueredo

Dias 21, 22 e 23 de junho
Sexta, sábado, às 20h
Domingo, às 19h

Duração: 60min.
Classificação indicativa: livre
Entrada: R$20 (inteira) e R$10 (meia)

  • Repertório 2, com A Companhia de Dança da Cidade (RJ)

Repertório 2 conta com coreografias de Ana Vitória, Jair Moraes, Lourdes Bastos e Renata Melo.

Ficha técnica:
Direção geral: Marise Reis
Iluminação: Deise Calaça
Bailarinos: Aline Nascimento, Camila Zambelli, Clarissa Barbio, Débora Rodrigues, Gabriela Pierri, Renato Cruz e Thaiany Menezes.

Dias 28, 29 e 30 de junho
Sexta, sábado, às 20h
Domingo, às 19h

Duração: aproximadamente 60min.
Classificação indicativa: livre
Entrada: R$20 (inteira) e R$10 (meia)

OFICINAS

  • Tap e Corpo, com Laura Collor

Voltada para bailarinos, atores e alunos com pouca ou nenhuma experiência com o sapateado, tem como princípio relacionar sapateado e movimento corporal.

Período: todas as quartas-feiras (de maio a dezembro)
Horário: 10h às 11h30
Duração: 90min.
Classificação indicativa: a partir de 15 anos
Vagas esgotadas
Inscrições online para lista de espera: http://goo.gl/qqGcj

  • Corpo como memória na remontagem de Graciela Figueroa, com Dudude Herrmann (MG)

Sobre Dudude Herrmann:
Dudude é uma profissional com ampla experiência no ensino de dança, construindo uma pedagogia singular para o entendimento do dançar. Começou a lecionar na extinta escola TransForma – Centro de Dança Contemporânea em Belo Horizonte (MG) – nos anos 70. Dudude estudou com Marilene Martins, Klauss e Angel Vianna, Graciela Figueroa, Lisa Nelson, Daniel Lepkoff e Rose Akras, entre muitos outros. Atua nos campos da performance e da improvisação; como diretora de espetáculos, consultora, orientadora, coreógrafa e escritora, além de ministrar cursos e oficinas direcionados para a linguagem da improvisação em dança.

Quarta, 19 de junho, às 15h
Duração: 120min.
Classificação indicativa: a partir de 16 anos
Vagas limitadas: 20 participantes
Inscrições online: http://goo.gl/z98TJ

  • O corpo-intérprete nas remontagens de Helen Tamiris, com Holly Cavrell (SP)

Trabalhar com a sensibilização do corpo; a percepção da pele, a respiração, o olhar interno e externo. A partir de exercícios e vivências que aumentam a sensibilidade do corpo abrindo para suas relações com o espaço, tempo, peso e dinâmica. Exercícios de improvisação vão ampliando uma resposta corporal criativa conscientizando o aluno os significados através das escolhas.
Os conceitos corporais abordados vêm dos princípios da Dança Moderna, Doris Humphrey e Martha Graham, e do método de Feldenkrais, compondo a nossa forma de atuar dentro da dança contemporânea.

Sobre Helen Tamiris:
Como o reconhecimento maior do artista da dança na sociedade se tornou um projeto para a coreógrafa Helen Tamiris, ela abriu mão, muitas vezes, de sua própria carreira para realizá-lo. Sem Tamiris, por exemplo, as leis rígidas que proibiam a dança aos domingos teriam persistido na década de 1920. Tamiris continuou produzindo por muitos anos, não apenas no campo da dança moderna, mas coreografando extensivamente para comédias musicais no circuito da Broadway.

Quinta, 20 de junho, às 15h
Duração: 120min.
Classificação indicativa: a partir de 15 anos
Vagas limitadas: 35 participantes
Inscrições online: http://goo.gl/m7x5T

*Todas as oficinas são gratuitas.

PALESTRAS

  • As pesquisas em história e memória da dança no Brasil, com Arnaldo Alvarenga (UFMG)

Painel do que já foi realizado no campo das pesquisas em História e Memória em Dança no Brasil, tanto entre os artistas de dança como em pesquisas acadêmicas.

Quarta, 5 de junho, 18h30
Duração: 90min.
Classificação indicativa: livre

  • Dança, Imagem e Memória, com Beatriz Cerbino (UFF)

Aspectos da relação entre dança, imagem e memória, a partir do pressuposto de que as imagens, tratadas como fontes visuais, permitem a elaboração de uma história visual.  Como tal, as imagens podem ser relacionadas com a construção da memória da dança.

Quinta, 6 de junho, às 18h30
Duração: 90min.
Classificação indicativa: livre

  • Isabel Torres, a remontagem de Jérôme Bel (França) no Brasil, com Isabel Torres

Primeira criação do coreógrafo francês Jérôme Bel para uma companhia da América Latina, Isabel Torres é uma recriação do espetáculo produzido originalmente pela Ópera de Paris, em 2004. O trabalho tem como objetivo o cotidiano dos corpos de baile em todo o mundo e acontece através de um processo de desnudamento realizado pela própria bailarina.

Quinta, 13 de junho, 18h30
Duração: 90min.
Classificação indicativa: livre

  • Autoria em videodança, com Leandro Mendonça (UFF) e Luciana Ponso

O processo de produção da videodança, em especial sobre o diálogo engendrado entre coreografia, direção e edição, e em relação ao corpo e sua apropriação pela tela.

Quarta, 26 de junho, às 16h
Duração: 90min.
Classificação indicativa: livre

  • O trabalho de remontagens da São Paulo Companhia de Dança, com Inês Bogéa

A bailarina e atual diretora da São Paulo Companhia de Dança, Inês Bogéa, fala do trabalho de remontagens de peças clássicas do repertório, dos séculos XIX e XX, no Brasil.

Quinta, 27 de junho, às 18h30
Duração: 90min.
Classificação indicativa: livre

*Todas as palestras são gratuitas.

EXPOSIÇÃO
Graciela Figueroa, com curadoria de Carla Strachmann e Regina Neves (RJ)

De 19 a 30 de junho
De quarta a domingo, às 19h

Classificação indicativa: livre
Entrada franca.

BAILE
O Cacilda é um Charme

Com Marcus Azevedo, DJ F-Soul e bailarinos da Dança Charme & Cia

Quarta, 26 de junho, às 18h
Duração: 180min.
Classificação indicativa: a partir de 16 anos
Entrada: R$20 (inteira) e R$10 (meia)

Projeto contemplado com o Edital de Ocupação do Teatro Cacilda Becker 2013

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