A cantora Mariene de Castro traz da Bahia os ritmos e uma interpretação própria, para o espetáculo musical Ser de Luz — Uma homenagem a Clara Nunes, em cartaz no Teatro Funarte Plínio Marcos, em Brasília, nesta a sexta-feira (19), às 21h. Os ingressos custam R$ 20. Com 16 músicas, o show, que faz parte do Projeto Artes cênicas – Pesquisa e diversidade, contemplado pela Funarte no Edital de Ocupação do teatro, é um tributo à “Guerreira” e relembra os 30 anos do seu falecimento.
A brasilidade; as culturas populares nordestina e baiana; e as tradições afro-brasileiras são o eixo principal do show, do CD e do DVD, cujos títulos são idênticos. Algumas faixas são: “Guerreira”, “Feira de mangaio” , “A deusa dos orixás” , “O mar serenou”, ”Ijexá” , “Conto de areia” e “À baiana”, entre outros sucessos. A primeira apresentação de Mariene com este repertório, realizada no Espaço Tom Jobim – Rio de Janeiro – com muito êxito, em 2012, originou o DVD. A produção desses trabalhos levou Mariene a uma imersão intensiva na história e no repertório da estrela. “Foi um caminho escolhido após muito estudo e muitas conversas com várias pessoas que conviveram com Clara”, diz Mariene. Entre elas estavam Surica, Ëure a Maria e Neide Sant Anna, da Velha Guarda da Portela (escola do coração da homenageada). Elas, que conheceram bem a estrela, estiveram no coro e deram orientações para o projeto. A participação do trio é destacada, em ”Portela na avenida‘, faixa final — que começa com a sempre comovente “Minha missão”. Outro colaborador foi o cavaquinista Alceu Maia, que acompanhou a “Guerreira”. Ele tocou também na música/tributo “Ser de Luz”, em que fez, ainda o arranjo e o áudio. Durante os preparativos para o primeiro show e gravação, que duraram mais de um mês, a intérprete e sua banda moraram juntos, na capital carioca.
A essas presenças cariocas Mariene misturou percussionistas baianos – com a sonoridade a que está bem acostumada. ”O resultado é o sotaque da Bahia sobre o trabalho de Clara. É o meu olhar sobre ela”, esclarece a cantora, que usa, no espetáculo, vestidos que lembram os utilizados pelo “Sabiá”, criados por Wilson Ranieri. As músicas foram selecionadas pela própria intérprete. “Sigo meu coração. Foi um desafio e estou muito feliz. Clara merecia essa homenagem de uma baiana, pois cantou muito a Bahia, o Nordeste”, diz Mariene, que tem, para este ano, um projeto em cinema: o longa-metragem ”Quase Samba‘, de Ricardo Targino.
Mais sobre Clara Nunes – Clara Francisca Gonçalves Pinheiro – Clara Nunes – , nasceu em Caetanópolis, Paraopeba, (MG), em 1942 e morreu no Rio de Janeiro, em 1983. Pesquisadora da MPB e da música tradicional brasileira, ritmos e folclore, a cantora também viajou várias vezes para a África, representando o país. Conhecedora das danças e das tradições afro-brasileiras, converteu-se à Umbanda. Foi a primeira brasileira a vender mais de 100 mil discos. Reconhecida como uma das maiores intérpretes do país, sofreu um choque anafilático, em uma cirurgia de varizes. A situação emocionou milhares de fãs, que fizeram uma prolongada corrente de preces, das mais diversas religiões.
O Projeto Artes cênicas – Pesquisa e diversidade oferece atrações de circo, dança, teatro e música, com ingressos a preços populares ou entrada gratuita. Veja mais informações ao final.
Ser de Luz — Uma homenagem a Clara Nunes
Com Mariene de Castro (BA)
19 de julho, sexta-feira, às 21h
Ingressos: R$ 20 (inteira). Meia-entrada: R$ 10
Classificação indicativa: Livre
Evento integrante do Projeto Artes cênicas – Pesquisa e diversidade, contemplado pela Funarte no Edital de Ocupação do Teatro Plínio Marcos / 2013
Realização – Rosa dos Ventos Artes do Imaginário
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