Funarte Brasília recebe duas exposições nesta quinta-feira, dia 13 de fevereiro

O Complexo Cultural Funarte Brasília abre, nesta quinta-feira, 13 de fevereiro, às 19h, as exposições Circuladô e Bicho banco. Com entrada gratuita, a visitação ocorrerá até o dia 16 de março de 2014, de segunda a domingo, das 9h às 21h. As mostras foram contempladas no Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2013 – Atos Visuais Funarte Brasília – Galeria e Marquise.

Um dos mais importantes do cenário das artes visuais no Brasil, o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea estimula a multiplicidade e a diversidade de linguagens, em suas variadas modalidades de manifestação. O disputado concurso promove e difunde a produção artística; a reflexão e o intercâmbio de ideias, no campo das artes visuais, contribuindo para a formação de plateia e a construção da recente história da arte do país.

Circuladô – A mostra do artista e teórico do cinema e das novas mídias André Parente vai ocupar a Galeria Fayga Ostrower. Nessa videoinstalação interativa e imersiva feita a partir de imagens de arquivo, o espectador se coloca diante de um totem sobre o qual há um controlador de multimídia (giroscópio) com o qual o espectador faz a imagem e o som se mover para frente ou para trás, ao mesmo tempo em que controla a velocidade do giro dos personagens. As imagens são projetadas em círculo, de tal forma que o espectador se sinta como dentro de um gigante Zoetrope. O Zoetrope é um dos mais antigos dispositivos de imagem em movimento, inventando em 1834 por William Horner, que o batizou originalmente o “Daedalum” ou “roda do diabo”.

CirculadôAs imagens que compõem o trabalho são loops extraídos de filmes, entre eles: “Édipo Rei” (1967), de Pier Paolo Pasolini, “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1967), de Glauber Rocha, e “Decasia” (2002), de Bill Morrison. Nelas, vemos personagens girarem  em torno do seu próprio eixo, em situações limites de loucura, transe, morte, destino. “Circuladô” combina o pré e o pós-cinema, o cinema e a instalação, mídias novas e antigas, e sugere que os espectadores possam experimentar os poderes de hipnose e encantamento das imagens em movimento com seu corpo como um todo.

Na abertura de Circuladô, haverá visita guiada com o André Parente e, no dia do Encerramento, será lançado o catálogo da exposição, contendo texto de Ismail Xavier, teórico e crítico do cinema.

Bicho banco – A exposição do  Grupo Fora, de Santa Catarina, vai ocupar a marquise da Funarte com bancos em forma de insetos. Para a intervenção, Bruna Maresch, Camila Argenta, Gabriel Scapinelli e Nara Milioli criaram mobiliários lúdicos, feitos de madeira, que remetem à cigarra, ao bicho-pau, à mariposa, ao grilo e ao percevejo.

As estruturas-bichos formam bancos-espreguiçadeiras que convidam o espectador a parar, sentar, se espreguiçar e até brincar. A referência aos insetos sugere a interação com o meio ambiente. Articulados, os “bichos banco” foram projetados para funcionar como elementos atrativos. Isto é, sua adaptação no espaço prioriza a criação de fluxos de passeios e encontros. Uma das propostas da obra é convidar o espectador a permanecer no espaço urbano, em áreas abertas e públicas, e usufruir delas. Ao final da intervenção, os “bichos” serão doados a algum espaço público.

Cigarra & Cia. é o título do catálogo da mostra Bicho-banco. O texto é do crítico e curador independente FernandoBoppré.

SERVIÇO

Exposições “Circuladô” e “Bicho banco”
Projetos contemplados no Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2013 – Atos Visuais Funarte Brasília – Galeria e Marquise

Abertura: dia 13 de fevereiro de 2014, quinta-feira, às 19h
Visitação: 14 de fevereiro até 16 de março de 2014, de segunda-feira a domingo, das 9h às 21h
Local: Complexo Cultural Funarte – Galeria Fayga Ostrower e Marquise
Eixo Monumental, Setor de Divulgação Cultural, Brasília DF (entre a Torre de TV e o Centro de Convenções), tel.: (61) 3322-2076/ 3322-2029
Entrada gratuita
Informações:
atosvisuais@funarte.gov.br www.funarte.gov.br

Circuladô
No Complexo Cultural Funarte – Galeria Fayga Ostrower

Sobre André Parente
A artista e teórico do cinema e das novas mídias, é doutor pela Universidade de Paris 8, sob a orientação de Gilles Deleuze. Em 1991, fundou, juntamente com Rogério Luz, o Núcleo de Tecnologia da Imagem (N-Imagem) da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Entre1977 e 2007, realizou inúmeros vídeos, filmes e instalações nos quais predominam a dimensão experimental e a conceitual. Seus trabalhos foram apresentados no Brasil e no exterior (Alemanha, França, Espanha, Suécia, México, Canadá, Argentina, Colômbia, China, entre outros). É autor de vários livros: Imagem-máquina. A era das tecnologias do virtual (1993), Sobre o cinema do simulacro (1998), O virtual e o hipertextual (1999), Narrativa e modernidade (2000), Tramas da rede (2004), Cinéma et narrativité (L’Harmattan, 2005), Preparações e tarefas (2007), Letícia Parente: arqueologia do cotidiano (2011), Cinema em trânsito (2012), Cinema/Deleuze (2013), Cinemáticos (2013), entre outros. Nos últimos anos recebeu diversos prêmios: Prêmio Transmídia do Itaú Cultural (2002), Prêmio Petrobras de Novas Mídias (2004), Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia (2005), Prêmio Petrobras de Memória das Artes (2007), Prêmio Oi Cultural (2010), Prêmio da Caixa Cultural Brasília (2011), Prêmio Estímulo de Produção Artística da Funarte (2012), Prêmio Funarte de Arte Contemporânea (2013).

Bicho banco, do grupo Fora (SC)
No Complexo Cultural Funarte – Marquise

Sobre o Grupo Fora
Desde 2010, em Florianópolis, o Grupo realiza estudos e mapeamento de terrenos baldios, acompanhados de ações, intervenções e reflexões. Com uma atuação marcada pelos cruzamentos entre arte, arquitetura, marcenaria e design, o coletivo aposta na apropriação experimental e efêmera de espaços públicos e terrenos vagos, sem cercas ou muros, por meio de dispositivos como mobiliários, canteiros de plantas daninhas, pipas, cartazes, e ainda através da produção de eventos, piqueniques e festivais. Em cada local, os artistas realizam as ações de acordo com as características e o contexto do espaço a ser utilizado. A convivência nos terrenos possibilita o contato e a troca de experiências com a população e conduz a outros processos de interação coletiva.

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