A diversidade da música brasileira é o ponto alto da programação que a Funarte MG leva ao público de Belo Horizonte de 21 a 23 de novembro. Abrindo a programação deste fim de semana, o projeto CCOMA apresenta, na sexta (21), às 20h, o espetáculo ‘Peregrino’. O duo de jazz instrumental contemporâneo é formado pelo trompetista Roberto Scopel e pelo percussionista e produtor Swami Sagara (codinome de Luciano Balen). Neste trabalho, que surge do novo CD homônimo, o CCOMA apresenta uma sonoridade bem brasileira, além de ritmos latinos, africanos e árabes. O duo usa como elementos básicos de sua música eletrorgânica, percussão, o raro hang drum, o trompete, o berimbaixo (mix de berimbau e baixo), o theremin e o claricano (clarinete feito com canos de PVC por Scopel). No show, a dupla também utiliza projeções de imagens, sincronizadas com a música, e relembra canções de álbuns anteriores.
Ainda na sexta (21), às 21h, quem se apresenta no mesmo palco é Wander Wildner, que se tornou conhecido, nos anos 1980, como cantor da banda Os Replicantes. Em 1996, ele lançou seu primeiro disco solo, ‘Baladas Sangrentas’, produzido pelo lendário Tom Capone, nascendo ali o punk brega – estilo em que mistura as influências da jovem guarda com o punk rock e onde canta algumas músicas em ‘espanhol selvagem’. No repertório do show, o cantor reúne clássicos de sua carreira e novas canções, incluindo as de seu sétimo álbum solo, ‘Mocochinchi Folksom’, que traz oito músicas inéditas e participações especiais de artistas como Renato Borghetti, Pedro Borghetti, Hique Gomes, Jimi Joe, Arthur de Faria, Mauricio Chaise, Luciano Granja, Fernando Pezão, Alexandre Kassin e Thomas Dreher.
No sábado, 22 de novembro, a banda Cascabulho, de Recife (PE), faz dois shows, às 19h e às 21h. Com quase 20 anos de estrada, o grupo se espelhou na obra de Jackson do Pandeiro, mas criou sua própria identidade com a fusão de ritmos tradicionais e elementos pop. Em 1998, com o primeiro CD ‘Fome Dá Dor de Cabeça’ ganhou o Prêmio Sharp de Melhor Álbum Regional e Melhor Canção Regional, com a música Quando Sonhei que era Santo. Em 2014, lançou o quarto álbum da carreira, ‘O dia em que o Samba perdeu pra Feijoada’.
No domingo, 23 de novembro, às 19h, é a vez de Zé Manoel se apresentar ao público da capital mineira. Considerado uma das grandes revelações da música pernambucana, o compositor e pianista começou a mostrar seu trabalho em festivais de música, a partir de 2004, e desde então vem sendo bastante elogiado. Nascido em Petrolina (PE), Zé Manoel compõe e canta canções tipicamente brasileiras, com influências do chorinho, da valsa brasileira, do jazz e do samba.
A programação do Circuito Cultural Brasil Diverso traz, ainda, atividades complementares como a mesa redonda ‘A música na era digital’, que irá discutir o consumo, a apropriação e a difusão da música nos dias de hoje e contará com a participação do produtor cultural Bart Ramos e da dupla Swami e Roberto Scopel, do projeto CCOMA. A mesa redonda acontece no dia 21 de novembro, às 18h. ‘O papel das rádios públicas’ é o tema da palestra que será ministrada, no dia 23, domingo, às 15h, pelo idealizador do Festival Abril pro Rock, Paulo André. Em seguida, às 16h, a produtora cultural Fernanda Azevedo irá debater ‘A cena cultural de BH’ e os desafios encontrados pelos profissionais do setor na gestão de uma agenda cultural dinâmica e diversificada.
Serviço
Circuito Cultural Brasil Diverso
Projeto contemplado no Edital de Ocupação do Galpão 1 da Funarte MG 2014
Até 30 de novembro
Sextas, sábados e domingos
Funarte MG
Rua Januária, 68 – Centro – Belo Horizonte (MG)
Ingressos: R$5 (meia) e R$10 (inteira)
OBS¹: A venda dos ingressos ocorrerá apenas uma hora antes de cada apresentação, na bilheteria da Funarte.
OBS²: Ingressos sujeitos à disponibilidade do teatro (140 lugares)