Cinco coreografias encerram o ano na ‘Mostra Danças Breves’ (SP)

Cena de 'Exílio'. Foto: divulgação

A última apresentação do ano da Mostra Danças Breves traz nesta quarta-feira, 3 de dezembro de 2014, criações de Odete Machado e Márcia Sal, de Henrique Alvarez, de Vivian Lazzerini e do Grupo Vocacional de Dança da Galeria Olido.

Todas as composições têm entre três e quinze minutos de duração e exploram temáticas diferentes, a partir das experiências e vivências artísticas que inspiraram cada compositor.

A Mostra Danças Breves integra o Projeto Âmbargris – Ocupação Cerco Choreográfico, vencedor de edital público da Funarte para promover espetáculos e ações culturais na Sala Renée Gumiel do Complexo Cultural da entidade em São Paulo. A mostra será interrompida para os feriados de Natal e ano novo, e retorna dia 15 de janeiro à Sala Renée Gumiel da Funarte.

Se você tem trabalhos curtos em dança contemporânea e quer participar da Mostra, escreva para contato@ambargris.art.br

Mostra Danças Breves de Dança Contemporânea
Dia 3 de dezembro | Quarta, às 20h30
Ingressos: R$10 (meia: R$5)
Duração: até 180min |Recomendação etária: livre

Espetáculo: Ceci, isto não é o que cê tá pensando!
Concepção e interpretação: Odete Machado | Direção artística: Márcia Sal
A peça é o início das reflexões sobre o diálogo entre traço e corpo, uma comunicação das artes visuais móveis. A obra aborda um corpo não corrompido, mas contaminado pelo ambiente de criação, da ilustração, do traço de uma pintura da artista visual Lucia Lopes. O trabalho, de Odete Machado e Márcia Sal, foi apresentado para conclusão de curso de Lato Senso – Curso Laban Arte de Brincar no Movimento, ministrado por Cilô Lacava.
Odete Machado integrou a Cia Artesãos do Corpo, participou dos espetáculos: Olhar Urbano, Cecilia, Pequeno espaço para ser eu mesmo, Sr. Calvino, Festival internacional Moovlab de Lisboa Portugal e cidade do Porto. Formação: Workshop de dança e introdução ao movimento das práticas orientais com Eduardo Fukushima, e dança com Xica Lisboa, Tatiana Guimarães, Ocupação Âmbargris Cerco Choreográfico.
Márcia Sal integrou o grupo de formação Introdução ao movimento das práticas orientais com Eduardo Fukushima, o grupo de pesquisa no processo de criação do espetáculo Baderna , do Núcleo de Dança Luis Ferron, ocupação Âmbargris Cerco Choreográfico, no processo de implantação do Programa de Iniciação Artística dos CEUs da cidade de São Paulo.

Espetáculo: Linha 4
Intérpretes: Odete Machado e Márcia Sal | Inspiração: observações de Odete Machado na Linha 4 e Passagem Literária Consolação | Concepção: Márcia Salgado | Direção artística: Márcia Sal | Música: Itamar Vidal
Reflexões sobre afetos corporais e a comunicação virtual. Nasce do encontro entre a dança, artes visuais e fibra ótica. Dos afetos entre as pessoas de passagem, e do interior de uma baleia (espaço concedido pelo Projeto Funarte de Ocupação Âmbargris).

Espetáculo: Resistência
Com: Henrique Alvarez
Processo que busca reconstruir a teoria da evolução e a história do Brasil. Da origem na terra às descobertas, a sociedade, a invasão, a guerra, a morte, o ressentimento e o troco – a resistência – na visão dos nativos da terra. Baseado nos documentários: Corumbiara; 500 almas e Tekoá Tenondé Porã.
Henrique Alvarez é músico. Estudou violino na Secretaria de Cultura de Praia Grande (SP), participa pelo segundo ano do Programa Vocacional nas linguagens Dança e Teatro.

Espetáculo: Exílio
Com: Vívian Lazzerini – Cia. De dança contemporânea
Coreógrafa: Gabriela Torres | Música: Tango dos exilados | Integrantes: Dae Ellen Castilho, Fabiana Siqueira, Priscilla Costa, Luiz Amorim, Renato Mendes
Este espetáculo aborda compaixão, mudança forçada, expulsão, expatriação…Afastamento ou ausência de um meio, em virtude de alguma decepção causada por ele. A obra se ocupa de um tango forte e impactante, como um passaporte para um retorno ao bem-estar em sociedade. Coreografia composta como parte do espetáculo Palavras, realizado no Teatro Gazeta, em novembro.

Espetáculo: No verão tem que chover todo dia
Com: Vocacional Dança Galeria Olido
Orientação: Renato Vasconcellos | Artistas criadores/intérpretes: Amanda Alves, Beatriz Reis, Daniel Roque, Débora Fonseca, Maria Eduarda, Roni Diniz, Rodrigo Rodrigues, Simone Kelly, Yan Guarani
No verão tem que chover todo dia é uma performance desenvolvida no Projeto Vocacional Dança da Galeria Olido e foi feita especialmente para a fachada do teatro Municipal de São Paulo e seu entorno. A dança desta performance foi criada a partir da pergunta: o que falta no espaço urbano? As respostas ressiginificaram o espaço, fazendo com que o papel da dança na cidade transcenda as atitudes pré-estabelecidas nas condutas sociais e acentuando a falta de afeto, de ousadia, de ludicidade e de comunhão. Assim a coreografia tenta trazer um universo sensível e de discussão política para a falta de amor, de brincadeira, de ousadia, de comunhão e de falta de planejamento político para a vida na metrópole.

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