De 17 de dezembro a 15 de fevereiro de 2015, o Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães – MAMAM, em Recife (PE), sedia a exposição Sorterro Cap.5″, de Juliana Notari. Na noite de lançamento, a artista plástica vai abrir uma roda de debates com o público que prestigiar a mostra. Juliana vai explicar e tirar dúvidas sobre os seus trabalhos expostos: a vídeoperformance Soledad e a videoinstalação MIMOSO, ambos criados durante o período de sua residência em Belém do Pará e resultado do impacto do contexto cultural e geográfico da cidade em sua trajetória artística. Após a abertura, dia 17, às 19h, os interessados podem conferir a exposição de terça à sexta, das 12h às 18h e sábados e domingos, às 13h às 17h, com entrada gratuita.
Sobre a mostra
Na exposição Sorterro Cap. 5, a artista visual Juliana Notari apresenta a vídeoperformance Soledad, onde a artista limpa um mausoléu abandonado. Segundo o crítico de arte Paulo Herkenhoff, a obra faz relação de confronto ou conciliação com a morte e relembra um período da história não vivido pela artista. “A limpeza do jazigo recebe avivamento. No processo, ela o deixa limpo e a sua roupa, que era branca, vai se impregnar desse limo, os signos da morte. A obra trata a arte como algo que permeia tanto a nossa existência quanto a morte, dimensão da vida”, explica. Já na videoinstalação MIMOSO, gravada na Ilha de Marajó, a artista é amarrada e arrastada pela areia da praia pelo búfalo Mimoso, que seria castrado em seguida. Após a castração do búfalo, ela come seu testículo cru. A prática cotidiana local é, portanto, transformada em ritual através da ação artística. Os vídeos foram realizados na cidade de Belém do Pará (PA). Este projeto foi contemplado com o Prêmio Funarte Mulheres nas Artes Visuais 2013.
Sobre Juliana Notari
Pernambucana e atualmente, vive no Rio de Janeiro. Mestre em Artes Visuais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ, 2012). Funda, junto com outros artistas, o espaço coletivo Atelier Submarino, no Recife (2000); Realiza sua primeira exposição Assinalações, no Museu da Abolição, também no Recife (2001). Representa o Nordeste no Ano do Brasil na França nas mostras: Brésil Pernambuco Art contemporain na École Supérieure d’Art d’Aix-en-Provence e na mostra Territoires Transitoires no Palais de la Porte Dorée em Paris (2005). Integra as mostras: O Corpo na Arte Contemporânea Brasileira (2005); Trilhas do Desejo – Rumos Artes Visuais, no Instituto Itaú Cultural, São Paulo (2008/2009); Tripé/Escrita no SESC Pompéia, São Paulo (2010); Festival Performance Arte Brasil, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAMRJ (2011); Metrô de superfície, no Paço das Artes, São Paulo (2012); Transperformance 2 – Inventário dos Gestos, no Oi Futuro/ Flamengo, Rio de Janeiro (2012). Em colaboração com a crítica e curadora de arte Clarissa Diniz, lançou o livro Dez Dedos, no qual reúne fotos de trabalhos da sua primeira década de carreira com textos críticos de diversos, curadores e críticos de arte (2011). Contemplada com os prêmios: Prêmio Bolsa de pesquisa no Salão de Arte Contemporânea de Pernambuco 2004; Edital Prêmio Funarte Mulheres nas Artes Visuais 2013 e Prêmio do Salão Arte Pará 2014. Possui trabalhos em coleções privadas e públicas entre elas; Museu de Arte do Rio – MAR, Rio de Janeiro (RJ), Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães – MAMAM, Recife (PE) e Coleção do Centro Cultural Banco do Nordeste – CCBNB, Fortaleza (CE).
Serviço:
Sorterro Cap.5
Exposição de Juliana Notari
Curadoria: Clarissa Diniz
Projeto contemplado com o Prêmio Funarte Mulheres nas Artes Visuais 2013
Abertura da mostra: Dia 17 de dezembro, quarta-feira, às 19h
Período de visitação: Até 15 de fevereiro de 2015
Dias e horários: De terça a sexta, das 12h às 18h e sábados e domingos, das 13h às 17h
Entrada gratuita
Local: Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães – MAMAM
Endereço: Rua da Aurora, 265 – Boa Vista – Recife (PE)
Tels.: (81) 3355-6870 / 3355-6871 / 3355-6872