A Ocupação Âmbargris – Cerco Choreográfico, que organiza atividades e espetáculos na Sala Renée Gumiel da Funarte São Paulo até fevereiro de 2015, encerra o ano com uma versão inédita da obra Erosão, dos coreógrafos Robson Ferraz e Andreia Yonashiro.
Contemplada com o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna de 2012, Erosão recebeu sua primeira montagem naquele mesmo ano, na paulistana Galeria Olido. A recriação que estreia agora (sexta, 19), na Funarte SP, marca o final de um ciclo de quatro meses de aulas abertas que Robson Ferraz, Andreia Yonashiro e outros professores de diferentes modalidades da dança vinham ministrando deste agosto, dentro da Ocupação Âmbargris.
O trabalho tem participação ao vivo da banda de rua Xupisco e é definido por seus criadores como “um caos organizado na lógica de uma gravação cinematográfica que pretende evocar a energia das ruas para magnetizar objetos e relações espaciais banais”. É sobre este contexto que a dança de pessoas diversas, profissionais na arte ou iniciantes no palco, apresenta-se como o “clímax corporal” da composição. A peça traz, também, trechos de coreografias históricas de autores estrangeiros, “numa tentativa de exorcizar uma herança colonialista cultural”.
A temporada de Erosão na Funarte é de pouquíssimos dias: apenas de sexta a domingo, 19 a 21 de dezembro de 2014.
Ocupação Âmbargris – Cerco Choreográfico
Contemplado por Edital de Ocupação para a Sala Renée Gumiel do Complexo Cultural Funarte São Paulo em 2014. Alameda Nothmann, 1058, Campos Elíseos, São Paulo, SP. Tel (11) 3662-5177
Espetáculo: Erosão
De 19 a 21 de dezembro | Sexta e sábado, 20h30; domingo, 19h30
Criação: Andreia Yonashiro e Robson Ferraz | Direção: Andreia Yonashiro | Homem-erosão: Robson Ferraz | Convidados: Adriana Santos, Banda Xupisco, Bárbara Freitas, Caio Zanuto, Djalma Moura, Dodi Leal, Edson Calheiros, Gabriel Sanchez, Henrique Ávilla, Letícia Tadros, Luana P. Costa, Mainá, Maria da Silva, Mercer Ribeiro, Pedro Sanchez, Ralph Barnard, Renato Vasconcelos, Regina Xavier, Rosana Ferreira, Roseli Fernandes, Telmo Rocha, Valéria Matos e Umbelina dos Anjos | Cenografia: Rogério Cândido | Figurinos de Robson Ferraz: Maurício Leonard e Mikael Guedes | Trilha sonora: Andreia Yonashiro e Robson Ferraz | Composição de música para moto: Daniel Fagundes | Projeto gráfico: Andreia Yonashiro | Fotos: Andreia Yonashiro e Rafaele Garcia | Realização: Plataforma Desvio e Cerco Coreográfico
Duração: 70min | Recomendação etária: livre
Ingressos: R$10 (meia: R$5)
Sobre Andreia Yonashiro – Iniciou seus estudos em balé em escolas de São Paulo e em dança moderna com Ruth Rachou, ao mesmo tempo em que treinava e competia patinação artística sobre gelo no Brasil e nos EUA. Ao frequentar cursos com artistas como Paulo Monteiro, José Resende e Iran Espírito Santo, iniciou uma produção em artes visuais. Teve como professores Ruth Rachou, Holly Carvel (EUA), Ângela Nolf, Liliane Benevento e Yoshito Ohno (JP), entre outros. Trabalhou com coreógrafos e diretores como Joana Lopes, Yvone Rainer (EUA), Yubiwa Hotel (JP), Célia Gouvêa, José Possi Neto, Francisco Medeiros e Roberto Mallet. Iniciou sua criação coreográfica autoral em 2001. Graduou-se em dança pela UNICAMP. Alguns destaques do seu trabalho: criação e direção de Clarabóia e Estudos para clarabóia (2010-2012), ao lado de Morena Nascimento (Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2013); Tempest – criação coreográfica a convite de e em parceria com Daniel Fagundes (Prêmio Cultura Inglesa 2012); concepção e direção de Erosão, ao lado de Robson Ferraz (Prêmio Klauss Vianna 2012); Um leite derramado (Bienal SESC de Dança 2009); Toró (2009), performance e instalação multimídia; e A flor boiando além da escuridão (2008), de Joana Lopes, com estreia na Universidade do Teatro de Bolonha, Itália.
Sobre Robson Ferraz – É artista cênico, formado em dança pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), em 2006, Participou como intérprete-criador das Cias Borelli e Fragmento de Dança, sob a direção de Sandro Borelli e Vanessa Macedo, respectivamente entre 2006. e 2009. Com a Associacão Desvio, sua plataforma de produção, criou diversos trabalhos, dentre eles Pistilo e Ginástica selvagem, que abordam a questão do homoerotismo. Tem como foco de pesquisa a investigação da linguagem da dança em associação com as artes visuais.