Exposição sobre vida e obra de Augusto Boal está em cartaz até 16 de março, no CCBB

Até o próximo dia 16 de março, 343 imagens e vídeos sobre a vida e obra de Augusto Boal podem ser vistas na exposição que está em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil, no Centro do Rio, de quarta a segunda-feira, das 9h às 21h. O tratamento de conservação e digitalização foi realizado pela Fundação Nacional de Artes – Funarte, a pedido de Cecília Boal, presidente da instituição, especialmente para esta mostra. Nela, o público pode conhecer um pouco mais da história de Boal, diretor de teatro, dramaturgo e ensaísta brasileiro, em seis décadas – da ditadura ao processo de redemocratização do país. Augusto Boal foi o principal nome do Teatro de Arena e fundador do Teatro do Oprimido. A curadoria é do cenógrafo Hélio Eichbauer.

A parceria para a restauração e digitalização das imagens da coleção do Instituto Augusto Boal, entre elas 177 fotografias e documentos, foi firmada ainda em 2014. O trabalho foi executado pelo Centro de Documentação e Informação – Cedoc, coordenado por Maristela Rangel e pelo Centro de Conservação e Preservação Fotográfica – CCPF, coordenado por Sandra Baruki, ambos ligados ao Centro de Programas Integrados – Cepin, da Funarte.  A instituição também contou com a parceria da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) através do professor Eduardo dos Santos Coelho e do Instituto Augusto Boal. A diretora do Cepin, Ester Moreira, destaca o papel da Funarte nesta parceria, que possibilitou o acesso e difusão deste importante acervo do Instituto Augusto Boal.

Os tratamentos tiveram como principal objetivo preparar os documentos para a digitalização. A reprodução das obras ficou a cargo de Edvaldo Trajano, do setor de digitalização do CCPF, com a colaboração de Auriel de Almeida, do setor de Conservação do Cedoc, e foi realizada com equipamentos de altíssima qualidade. O fotógrafo Marcos Issa, colaborador do CCPF, prestou consultoria durante o processo de digitalização.

Segundo Ester, como havia fotografias em pior estado de conservação e sua manipulação apresentava risco para a integridade das obras, foram reparados rasgos e consolidadas áreas com perda de emulsão, trabalho realizado por Auriel de Almeida, do Cedoc,  Juliana Bittencourt, do CCPF e pelas estagiárias Luisa Serrano Lima e Tamara de Souza Mendes do Nascimento, da UFRJ. “Inicialmente, foi realizado um diagnóstico para entender o estado de conservação das obras, definir os tipos de tratamentos e planejar o seu adequado armazenamento. Algumas fotografias, por exemplo, apresentavam rasgos, restos de adesivo, fitas adesivas e fissuras e, por isso, necessitaram, além da limpeza mecânica, de pequenas intervenções a fim de viabilizar sua reprodução”, conta.

O Instituto Augusto Boal, presidido por Cecília Boal, foi criado para preservar e visibilizar a obra do dramaturgo, ensaísta, professor e diretor de teatro, falecido em 2009.

Algumas fotos do trabalho realizado pela Funarte, por meio do CCPF e Cedoc/Cepin

Tratamentos realizados no ateliê do CCPF. Foto: Sandra Baruki
Exemplo de fissura localizada em uma das fotografias. Foto: Juliana Bittencourt
Exemplo de mancha provocada por umidade e ação de micro-organismos. Foto: Juliana Bittencourt
Exemplo de riscos localizados em uma das fotografias. Foto: Juliana Bittencourt
Exemplo de fita adesiva localizada em uma das fotografias. Foto: Juliana Bittencourt

SERVIÇO

Projeto Augusto Boal
Até 16 de março de 2015
De quarta a segunda-feira, das 9h às 21h
Centro Cultural Banco do Brasil – Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – RJ
Classificação: livre
Entrada gratuita

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