No Dia Mundial do Jovem (segunda-feira, 13 de abril), uma programação especial tomou conta dos espaços da Funarte SP, com as presenças do prefeito Fernando Haddad e do secretário municipal de Cultura, Nabil Bonduki. Eles vieram falar a cerca de 200 moças e rapazes participantes do Programa Jovem Monitor Cultural (PJMC), que haviam passado o dia na sede do Complexo da Alameda Nothmann para mais uma etapa teórica de sua formação. As autoridades municipais, os integrantes do PJMC e os jovens monitores foram recepcionados pelo coordenador regional da Funarte, Tadeu de Souza.
“Tenho o maior carinho por esse espaço”, reconheceu Fernando Haddad, ao subir ao palco da Sala Guiomar Novaes. O prefeito lembrou que Ministério da Educação – que ele capitaneou entre 2005 e 2012 – cedeu o casarão da Nothmann à sede regional do Ministério da Cultura (MinC). “Transferimos todo o equipamento para a Cultura, que está dando a ele uma destinação muito melhor”, aprovou.
Fernando Haddad anunciou, no evento, sua intenção de expandir o PJMC – instituído por lei em 2009 e coordenado pelo Centro Cultural da Juventude (CCJ), da Secretaria Municipal de Cultura, em parceria com o Instituto Pólis e com a Associação Ação Educativa. “A Cultura sempre foi muito importante, mas ela nunca foi tão necessária quanto é hoje” afirmou. Para o prefeito, a Cultura “tem um potencial não só de transformação, mas de resistência, quando a transformação está indo pelo caminho errado”.
Com foco na formação e na experimentação, o PJMC seleciona, por edital público, jovens entre 18 e 29 anos, moradores de regiões periféricas e, de preferência, oriundos de famílias de baixa renda, para atuarem em diferentes espaços culturais públicos da cidade, como casas de cultura, centros culturais, teatros, bibliotecas e museus. A participação no programa pode durar de 9 meses a 2 anos, com remuneração mensal e jornada de 30 horas semanais, divididas em atividades teóricas e práticas. Aos futuros monitores, o prefeito de São Paulo lembrou que “aquela figura antiga do mecenas, que escolhia os artistas que ia patrocinar, deu lugar à arte moderna, que mudou – não só do ponto de vista estilístico, mas do ponto de vista de como se relacionar com a sociedade e com o mercado – as perspectivas de interação”.
Segundo o secretário Nabil Bonduki, a atuação do PJMC na formação de gestores culturais se associa a outras ações públicas municipais voltadas à criação, como o Programa de Valorização de Iniciativas Culturais, o VAI. “Nem todo gestor cultural é um artista, mas hoje fica cada vez mais difícil para um artista não ter noções de gestão cultural”, concordou o prefeito Fernando Haddad.
Participou também do evento a secretária-adjunta municipal de Cultura, Maria do Rosário Ramalho.