Funarte MG realiza, a partir de 30 de novembro, o curso ‘Arte como escudo de Perseu e performance’

A Fundação Nacional de Artes – Funarte realiza, de 30 de novembro a 2 de dezembro, em sua representação em Belo Horizonte (MG), o curso Arte como escudo de Perseu e performance, com o professor Márcio Seligmann-Silva, da Unicamp. O curso gratuito faz parte do projeto Arte em Foco 2015 e nele serão abordadas as relações entre arte, contextos de violência e memória. As vagas são limitadas e as inscrições estão abertas a todos os interessados através do e-mail arteemfoco.funarte@gmail.com.

Durante o curso, as reflexões serão sempre acompanhadas por apresentação de diversas obras de arte. Segundo Seligmann-Silva, “Perseu, como é conhecido, só pode vencer Medusa graças ao seu escudo, que ele utilizou como espelho, visando anular o efeito mortal do olhar do monstro com serpentes na cabeça. Partindo dessa metáfora do ‘escudo de Perseu’, o curso irá apresentar uma teoria da arte que acompanhará seus desdobramentos desde o romantismo até hoje, enfatizando em que medida as artes se tornaram um importante meio de inscrição da violência e de delineamento de nossa autoimagem”.

A programação conta, ainda, com intervenção artística de Lais Myrrha. O objetivo é desenvolver uma obra sonora coletiva, envolvendo os participantes do curso que deverão ler textos de Walter Benjamim. O ponto de partida será o trabalho da artista, Lado B, em que ela lê um texto de Lina Bo Bard, e um homem lê O caráter destrutivo, de W. Benjamin.

Sobre o palestrante
Márcio Seligmann-Silva possui graduação em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1986), mestrado em Letras (Língua e Literatura Alemã) pela Universidade de São Paulo (1991), doutorado em Teoria Literária e Literatura Comparada pela Freie Universität Berlin (1996), pós-doutorado pelo Zentrum Für Literaturforschung Berlim (2002) e por Yale (2006). É professor titular de Teoria Literária na Unicamp e pesquisador do CNPq. É autor dos livros Ler o Livro do Mundo. Walter Benjamin: romantismo e crítica poética (Iluminuras/FAPESP, 1999, vencedor do Prêmio Mario de Andrade de Ensaio Literário da Biblioteca Nacional em 2000), Adorno (PubliFolha, 2003), O Local da Diferença. Ensaios sobre memória, arte, literatura e tradução (Editora 34, 2005, vencedor do Prêmio Jabuti na categoria Melhor Livro de Teoria/Crítica Literária 2006), Para uma crítica da compaixão (Lumme Editor, 2009) e A atualidade de Walter Benjamin e de Theodor W. Adorno (Editora Civilização Brasileira, 2009). Organizou os volumes Leituras de Walter Benjamin: (Annablume/FAPESP, 1999; segunda edição 2007), História, Memória, Literatura: o Testemunho na Era das Catástrofes (UNICAMP, 2003) e Palavra e Imagem, Memória e Escritura (Argos, 2006) e coorganizou Catástrofe e Representação (Escuta, 2000), Escritas da violência. Vol I. O testemunho (7Letras, 2012) e Escritas da violência. Vol II. Representações da violência na história e na cultura contemporâneas da América Latina (7Letras, 2012); Imagem e Memória (Belo Horizonte: FALE/UFMG, 2012). Traduziu obras de Walter Benjamin (O conceito de crítica de arte no romantismo alemão, Iluminuras, 1993), G.E. Lessing (Laocoonte. Ou sobre as Fronteiras da Poesia e da Pintura, Iluminuras, 1998, finalista do Prêmio Jabuti na categoria Tradução, 2000), Philippe Lacoue-Labarthe, Jean-Luc Nancy, J. Habermas, entre outros. Coordenou de dezembro de 2006 a novembro de 2010 o Projeto Temático FAPESP “Escritas da Violência”. Possui vários ensaios publicados em livros e revistas no Brasil e no exterior. Foi professor visitante em universidades no Brasil, Argentina, Alemanha e México. Atua principalmente nos seguintes temas: romantismo alemão, teoria e história da tradução, teoria do testemunho, literatura e outras artes, teoria das mídias, teoria estética do século XVIII ao XX e a obra de Walter Benjamin.

A artista
Lais Myrrha vive e trabalha em São Paulo. Doutoranda, desde 2015, é Mestre pela Escola de Belas-Artes da UFMG, 2007. Graduada no curso de artes plásticas pela Escola Guignard, UEMG, 2001. Em 2003, recebeu I Bolsa Pampulha.  Em 2005, participou do Programa Trajetórias do Centro Cultural Joaquim Nabuco, Recife – PE. Participou da edição 2005/2006 do programa Rumos Visuais do Instituto Itaú Cultural. Em 2007, foi contemplada com o Prêmio Projéteis, Rio de Janeiro, e com o Prêmio Atos Visuais, Brasília, ambos concedidos pela Funarte. Em 2010, participou da Paralela10. Em 2011, participou da Temporada de Projetos do Paço das Artes São Paulo 2011, da 8ª Bienal do Mercosul e recebeu prêmio no I Concurso Itamaraty de Arte Contemporânea. Foi contemplada com a Bolsa Estímulo à Produção em Artes Visuais 2012 pela Funarte. Em 2013, realizou a individual Zona de Instabilidade na Caixa Cultural São Paulo, participou do 18º Festival Internacional de Arte Contemporânea do Videobrasil e da exposição Blind Field no Karnnet Museum, Illinois, USA e foi contemplada com o prêmio Arte e Patrimônio, concedido pelo IPHAN. Em março de 2014, lançou o livro Breve cronografia dos desmanches, resultado do Edital Bolsa Funarte Estímulo à Produção em Artes Visuais. Em 2013, realizou a exposição Zona de Instabilidade, com curadoria de Júlia Rebouças pela Caixa Cultural (Brasília e São Paulo). Em 2014, destaque para o Projeto Gameleira 1971, apresentado no Pivô, e Ensaio de Orquestra, no Coletor.

Serviço

Arte em Foco 2015 – Curso: Arte como escudo de Perseu e performance
Com o professor Márcio Seligmann-Silva (Unicamp) Arte em Foco

30 de novembro a 2 de dezembro

19 às 22h

Funarte MG – Rua Januária, 68. Centro – Belo Horizonte (MG)

Telefone: (31) 3213.7112

Inscrições gratuitas: arteemfoco.funarte@gmail.com (nome, telefone e breve currículo)

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