‘O Campo de Batalha’ é uma das atrações do Teatro Dulcina, no Rio

Depois de circular por várias capitais brasileiras, O Campo de Batalha chega ao Teatro Dulcina, no Rio, para curta temporada. Somente nos dias 11 e 12 de dezembro, sexta e sábado, às 19h, o público poderá assistir ao espetáculo, de autoria do dramaturgo Aldri Anunciação (que também assina o texto de Namíbia, Não!). A peça mostra a inusitada aproximação entre dois soldados inimigos que se encontram no front durante a Terceira Guerra Mundial, deflagrada a partir da falta de água potável no planeta. A programação, com ingressos a preços populares (R$ 20 – inteira e R$ 10 – meia), faz parte do projeto Nova Dramaturgia da Melanina Acentuada, selecionado por edital para ocupar o espaço da Funarte.

Ainda no mês de dezembro, circulam pelo Dulcina os espetáculos Experimentus para Maria, da Cia Teatral Abdias Nascimento, em única apresentação no dia 13 de dezembro; Amores Surdos, do Grupo Espanca, nos dias 16 e 17 de dezembro; e , do Bando de Teatro Olodum, nos dias 19 e 20 de dezembro. Além dos espetáculos teatrais, no dia 9 de dezembro, quarta-feira, às 19h, o professor da Unicamp, Luiz Cuti, participa do encerramento do 1º Seminário Internacional Nova Dramaturgia da Melanina Acentuada. Ele vai falar sobre “A importância da individualidade/singularidade da personagem negra no teatro”. E, no dia 10, no mesmo horário, será realizada a leitura dramática do texto Tenho Medo de Monólogo, de Luiz Cuti e Vera Lopes. As inscrições gratuitas podem ser feitas no local. As vagas são limitadas, sujeitas à lotação do espaço.

Saiba mais sobre o projeto Melanina Acentuada

Programação

O Campo de Batalha
11 e 12 de dezembro – sexta e sábado, 19h

Ingresso: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

Sinopse
Durante a Terceira Guerra Mundial, dois soldados inimigos se encontram no front e se vêm impossibilitados de dar continuidade às atividades bélicas por conta de uma escassez de produção de munição. A súbita e temporária pausa na guerra promove uma inusitada aproximação entre os inimigos. Diante disso, as razões dos conflitos vão ganhando novos parâmetros, levando-os para um desfecho surreal.

Ficha Técnica
Direção: Márcio Meirelles
Dramaturgia: Aldri Anunciação
Atores: Aldri Anunciação e Rodrigo dos Santos
Codireção: Lázaro Ramos e Fernando Philbert
Participação especial gravada: Fernanda Torres
Iluminação: Jorginho de Carvalho
Cenografia e Figurino: Nehlo Marrese
Videografismo: Rafael Galo
Assistente de direção e Direção de movimento: Felipe Khoury
Produção: Cria Produções
Realização: Melanina Acentuada Produções Artísticas

– Duração: 60 min
– Classificação indicativa: 14 anos

Experimentus para Maria
Cia Teatral Abdias Nascimento – Bahia
13 de dezembro, domingo, 19h

Ingresso: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

Sinopse
A montagem conta a singela história de um velho senhor que vai ao teatro pela primeira vez para assistir ao monólogo de um jovem ator. A partir daí, a trama aborda uma série de questões relacionadas aos deslocamentos identitários, loucura, dor e existencialismo, erguidos através das inquietudes de um ator em cena.
A direção e interpretação são de Ângelo Flávio, fundador da Cia Teatral Abdias Nascimento e um dos mais respeitados artistas do cenário baiano. Além de diversas participações em filmes, novelas e seriados locais e nacionais, o artista esteve recentemente à frente da direção e concepção dos espetáculos premiados Casulo: Uma intervenção Trans…., O Dia 14 e Sortilégio, Mistério Negro de Zumbi Redivivo II.

Ficha técnica
Concepção, direção, texto e interpretação: Ângelo Flávio
Produção: CAN Produções
Cartaz: Sidnei Rochart
Assessoria de Comunicação: FAZcomunicação

Classificação: 12 anos
Duração: 50 minutos

Amores Surdos
Grupo Espanca – Minas Gerais
16 e 17 de dezembro – quarta-feira e quinta-feira, 19h

Ingresso: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

Sinopse
Uma família dita comum convive em situações corriqueiras: toma café, briga entre si, alguém adoece… enfim, vive seus problemas cotidianos. O espetáculo fala da capacidade do homem de estar dormindo, mesmo quando acordado; porque, mesmo acordados, os personagens não se ouvem, não se enxergam, não se percebem, em rituais do cotidiano que conduzem à alienação e à incomunicabilidade. Tudo corre como o esperado, até que todos são obrigados a reconhecer e conviver com as conseqüências desse amor alimentado por todos, diariamente.
Segundo trabalho do grupo, Amores Surdos é a continuação de um caminho. Dessa vez, em parceria com a diretora Rita Clemente. Esse encontro, de acordo com o Espanca, consolidou o trabalho da equipe, desafiando-os como criadores e  posicionando- os como artistas. Em princípio uma história normal, afinal, todas as histórias do mundo já foram contadas.

Ficha técnica
Direção: Rita Clemente
Dramaturgia: Grace Passô
Atores: Assis Benevenuto (Joaquim), Grace Passô (Mãe), Gustavo Bones (Pequeno), Marcelo Castro (Samuel) e Mariana Maioline (Graziele)
Atores da primeira formação: Paulo Azevedo (Pequeno) e Samira Ávila (Graziele)
Consultoria Dramatúrgica: Adélia Nicolete
Assistente de direção: Mariana Maioline
Cenografia: Bruna Christófaro
Iluminação: Cristiano Araújo e Edimar Pinto
Figurino: Paolo Mandatti
Trilha sonora: Daniel Mendonça
Direção vocal: Babaya
Preparação vocal: Mariana Brant e Camila Jorge
Preparação corporal: Dudude Herrmann e Izabel Stewart
Coreografia/Professor de sapateado: Eurico Justino
Técnico e operador de Luz: Edimar Pinto
Cenotécnico: Joaquim Silva
Costureiras: Mércia Louzeiro e Ireni Barcelos
Produção: Aline Vila Real
Assistência de produção: Halyson Félix
Realização: Grupo Espanca!

Espetáculo realizado com o Prêmio Estímulo às Artes – Auxílio Montagem – da Fundação Clóvis Salgado – Palácio das Artes – 2005.

Classificação: 12 anos
Duração: 60 minutos


Bando de Teatro Olodum – Bahia
19 e 20 de dezembro – sábado e domingo, 19h

Ingresso: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

Sinopse
Heranças africanas e japonesas refletem o universal no espetáculo , nova montagem do Bando de Teatro Olodum. , palavra japonesa que significa movimento, é uma criação conjunta do Bando com o mestre do Butô (estilo de dança-teatro japonês), Tadashi Endo. O espetáculo trata da transformação da história individual, da identidade, em energia e será um diálogo entre a contenção da arte japonesa e a explosão de energia afro-baiana.
A ideia do espetáculo surgiu quando o coreógrafo japonês esteve em Salvador para o Festival Internacional Vivadança, no ano passado. Ao assistir ao espetáculo Cabaré da Rrrrraça, Endo ficou impressionado com a energia dos atores e externou sua curiosidade a Marcio Meirelles, diretor artístico do Teatro Vila Velha, do qual o Bando é um dos grupos residentes. A conversa resultou em um convite para que Endo descobrisse as raízes dessa ‘energia’ trabalhando com o grupo. O projeto foi contemplado pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz /2011.

Ficha técnica
Concepção e direção: Tadashi Endo
Texto e roteiro: Tadashi Endo e Bando de Teatro Olodum
Assistente de direção: Chica Carelli
Música original: Jarbas Bittencourt
Canções: Dream a little dream (Fabian Andre , Wilbur Schwandt e Gus Kahn) com Louis Armstrong e Ella Fitzgerald e Um canto de Ifá (Ythamar Tropicália e Rey Zulu) com Virgínia Rodrigues
Figurino: Tadashi Endo + Elenco
Espaço cênico: Marcio Meirelles
Iluminação: Rivaldo Rio
Elenco: Ednaldo Muniz, Elane Nascimento, Fábio Santana, Leno Sacramento, Ridson Reis, Sérgio Laurentino, Valdinéia Soriano
Filmagem e edição dos vídeos: Rafael Grilo / Rogério Vilaronga
Operação de vídeo e áudio: Rafael Grilo
Contraregra: Garlei Souza
Fotografia: João Milet Meirelles

– Duração: 60 min
– Classificação indicativa: 12 anos

Encontros com Dramaturgos

Grace Passô – 18 de dezembro, 19h

Grace Passô é dramaturga, diretora e atriz que trabalha em parceria com diversas companhias e artistas brasileiros. Mineira de Belo Horizonte, foi cronista do jornal O Tempo e, no teatro, dirigiu Os Bem intencionados, com o grupo LUME; Contrações, com o Grupo3, Sarabanda, a partir do último filme de Ingmar Bergman; Os Ancestrais, com o Teatro Invertido; Carne Moída com alunas da EAD/USP, dentre vários outros trabalhos. Atuou em companhias teatrais de Belo Horizonte, fundou o grupo Espanca!, onde permaneceu por nove anos e assinou a dramaturgia de seu repertório – Marcha para Zenturo, Amores Surdos, Por Elise e Congresso Internacional do Medo, sendo diretora dos dois últimos trabalhos. Ministra workshops de teatro em diversas companhias e instituições artísticas brasileiras e possui quatro volumes publicados pela Editora Cobogó, com sua produção dramatúrgica reunida na coleção Espanca. Dentre os prêmios que recebeu, estão: Prêmio Shell SP e APCA 2005 (Dramaturga); Sesc Sated e Simparc Usiminas 2004 (Atriz), Prêmio SESC SATED 2005 e 2006 (Dramaturga); Prêmio Usiminas Simparc 2006 (Atriz e Dramaturga). Foi indicada no Shell SP 2009 (Dramaturga), Qualidade Brasil 2008 (Atriz e Dramaturga), Simparc 2013 (atriz), Questão de Crítica 2014 (direção) dentre outras indicações.

1º Seminário Internacional Nova Dramaturgia da Melanina Acentuada

9 de dezembro – quarta-feira, 19h
A importância da individualidade/singularidade da personagem negra no teatro
Profº. Drº. Luiz Cuti (Unicamp)

Prof. Dr. Luiz Silva Cuti
Formou-se em Letras (Português-Francês) na Universidade de São Paulo, em 1980. Mestre em Teoria da Literatura e Doutor em Literatura Brasileira pelo Instituto de Estudos da Linguagem – Unicamp (1999-2005). Foi um dos fundadores e membro do Quilombhoje-Literatura, de 1983 a 1994, e um dos criadores e mantenedores da série Cadernos Negros, de 1978 a 1993. Autor dos livros Literatura negro-brasileira e Lima Barreto (Selo Negro Edições). É um dos principais nomes da literatura negra brasileira. É autor de inúmeras obras de poesia, contos, romances, peças de teatro, além de artigos em revistas especializadas e capítulos de livros.

Leitura Dramática do texto ‘Tenho Medo de Monólogo’, de Luiz Cuti e Vera Lopes
Atuação: Vera Lopes e Luiz Cuti

10 de dezembro – quinta-feira, 19h

Sinopse: Mulher negra narra sua trajetória de luta para criar dois filhos adotivos e, diante do desaparecimento de um deles, toma atitude desesperada que, embora redunde em seu confinamento, acaba levando-a a um encontro amoroso inusitado e à possibilidade de retomar um antigo amor.

Artistas negros: personagens e estereótipos
Ana Maria Gonçalves (escritora)
Mediação: Aldri Anunciação

Inscrições gratuitas no local. Vagas sujeitas à lotação do espaço

Ana Maria Gonçalves
Publicitária e escritora, autora do livro Um defeito de Cor, uma metaficção historiográfica baseada na vida de Luisa Mahin, tida como mãe do poeta Luiz Gama. Lançado pela editora Record, em 2006, o livro foi o ganhador do Prêmio Casa de las Américas (Cuba, 2007), e encontra-se atualmente na 9ª edição. Tem textos publicados em antologias em Portugal e na Itália. Morou por sete anos nos Estados Unidos, pesquisando e ministrando cursos e palestras sobre relações raciais. Como escritora residente, ministrou leituras e cursos em Tulane University (2007), Stanford University (2008) e Middlebury College (2009). Atualmente, mora em Salvador e está trabalhando em vários projetos: um livro de ficção, um livro de não ficção sobre racismo, duas peças teatrais e um filme sobre a vida de Luiz Gama.

Teatro Dulcina
Rua Alcindo Guanabara, 17 – Centro – Rio de Janeiro (RJ)
Bilheteria: (21) 2240 4879 – De quarta a domingo, das 14h às 19h

Este projeto foi contemplado pela Funarte no Edital de Ocupação do Teatro Dulcina/2015

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *