Com uma série de shows e atrações inéditas, a segunda edição do festival La Femme qui roule revelou ao público de Belo Horizonte (MG) os novos talentos da música independente e autoral brasileira. Seis bandas convidadas, três locais e três de outros estados, se apresentaram no palco do Galpão 1 da Funarte MG, nos dias 19 e 20 de março, a partir das 17h, com direito a dois lançamentos de discos.
A gaúcha Duda Brack, que reside no Rio de Janeiro, é uma das revelações nacionais e fez show inédito na capital mineira, lançando seu álbum de estreia, É. No som, uma mistura de pop com indie rock que, aliado à performance da cantora, conquista o público. Quem também se apresentou pela primeira vez em Belo Horizonte foi Frabin. Nascido em Belém (PA) e criado em Florianópolis (SC), o músico, cuja influência vai do rock psicodélico ao “dreampop”, tem dois trabalhos lançados – o EP Selfish e o disco Real, ambos produzidos e gravados por ele próprio. Completou o time de fora do estado o duo paulistano Quarto Negro, que apresenta seu novo álbum, Amor Violento, repleto de melodias etéreas cantadas em português.
Das atrações locais, Henrique Cunha, conhecido como o guitarrista da banda Câmera, mostrou pela primeira vez na íntegra seu trabalho solo ao vivo, com canções de My Way Out Of Sin, álbum que veio à tona digitalmente no final do ano passado e cujo lançamento da versão física acontece no festival. Outro destaque foi Thiakov, produtor e compositor que apresentou ao público músicas de seus álbuns Impressões e Radar. Para completar a programação, o La Femme Qui Roule apresentou, oficialmente, o novo integrante do selo LFQR: a banda Congo Congo. Formada em 2015 por seis músicos, que integram originalmente diferentes grupos de BH, a banda une muitas guitarras, uma moderna psicodelia e um disco que já está a caminho.
A curadoria do festival é do belga Yannick Falisse e do músico e produtor Leonardo Marques, que juntos dirigem o selo LFQR. “O festival é muito especial. Este ano, a ausência de patrocínio nos trouxe um outro tipo de força. Temos o apoio de muita gente, incluindo das bandas e da Funarte, que nos recebe. Isso é muito legal”, conta Marques. “Existe um movimento crescente de uma BH cosmopolita, nós apostamos nisso e convidamos o público a vir com a gente. Aqui não perde em nada para outros lugares”, completa Yannick.
Sobre o selo La Femme Qui Roule
Selo musical independente criado em 2013 pelo belga Yannick Falisse e o produtor mineiro Leonardo Marques em apoio a artistas contemporâneos, autorais, experimentais. O objetivo é mostrar que à margem do cenário convencional existe toda uma cena musical nova, relevante, interessante. A sede é em Belo Horizonte, cidade conhecida por ser um lugar de “público-teste”. Se algo der certo em BH, vai dar certo em qualquer lugar”, reza a lenda. Mas o desejo real do selo é criar uma cultura de abertura ao novo, apostando em um público esperto e atento. Para tanto, o selo realiza lançamento de discos, divulgação, organização de shows, projetos especiais como o Festival La Femme Qui Roule e o LFQR Live Sessions, dentre outros. O nome La Femme Qui Roule – ou “a mulher que rola” em francês – é uma homenagem à Serra da Rola Moça, patrimônio natural de Minas Gerais, em cujo entorno está Casa Branca, povoado que inspirou a criação do selo.
Serviço
La Femme Qui Roule Festival 2016
19 e 20 de março, das 17h às 22h
Programação
19 de março, das 17h às 22h
Thiakov (MG)
Duda Brack (RS)
Congo Congo (MG)
20 de março, das 17h às 22h
Henrique Cunha (MG)
Frabin (SC)
Quarto Negro (SP)
Local
Funarte MG
Rua Januária, 68, Centro – Belo Horizonte (MG)
Entrada: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) por dia
Combo promocional dos dois dias a R$ 30 nas vendas antecipadas pelo www.sympla.com.br/lafemmequiroule
Ingressos limitados à lotação do espaço (250 pessoas)
Informações
Funarte MG
(31) 3212 3084