Funarte abre Bienais Olímpicas no Rio

A composição  Sonora, de Edson Zampronha, foi o destaque da abertura das Bienais Olímpicas da Fundação Nacional de Artes – Funarte, que começaram na noite de segunda, 8 de agosto, na Escola de Música da UFRJ, no Centro do Rio de Janeiro (RJ). Muito aplaudida pelo público, a obra apresentada na segunda parte do concerto foi executada pelo conjunto instrumental ABSTRAI Ensemble, sob a regência de Tobias Volkmann. Além da composição de Zampronha, ausente por encontrar-se em viagem na Espanha, também foram apresentadas as obras  Elegias, de Mauricio Dottori, que contou com a participação da soprano Doriana Mendes, e  Noneto, de Pauxy Gentil-Nunes, tendo a presença dos dois compositores na plateia.

A primeira parte desse concerto de abertura das Bienais Olímpicas teve a apresentação de três peças pelo grupo GNU, sob a regência de Marcos Lucas. A primeira obra foi  Cores de Rosa, do próprio Marcos Lucas, com a participação da soprano Diana Maron. A seguir, o  Segundo responsório, de Silvio Ferraz, solo de violoncelo com o violoncelista Pablo de Sá. E fechando a primeira parte, o GNU executou a composição  Cidades visíveis, de Caio Senna.

Na plateia, o maestro Edino Krieger, criador das Bienais de Música, disse estar muito feliz pela continuidade do projeto que nasceu em 1965.  “O que é raro no Brasil. O fato de ter continuidade é muito positivo, pois as coisas no Brasil duram muito pouco. E as Bienais estão aí até hoje, com uma repercussão maior, com interesse cada vez maior, os talentos que foram revelados nas primeiras Bienais estão aí até hoje”, afirmou o maestro.

Edino Krieger destacou a importância da participação de autores de várias partes do país nas Bienais de Música. “Tenho a impressão que, como resultado dessa programação, houve uma diversificação muito maior. As primeiras eram dedicadas aos compositores do Rio, de São Paulo e da Bahia. Hoje, são uma representação da criação da música contemporânea do Brasil inteiro, porque há compositores de todas as regiões do Brasil participando”, concluiu o maestro.

As Bienais Olímpicas trazem uma série de concertos de música contemporânea. O evento idealizado pelo Centro da Música da Funarte tem a coordenação de Flávio Silva (Música Erudita) e integra a Edição Especial da Bienal de Música Brasileira Contemporânea nas Olimpíadas e Paralimpíadas 2016, programação cultural do Ministério da Cultura (MinC) para o período dos Jogos Rio 2016. Os próximos concertos serão realizados nas segundas-feiras de agosto – dias 15, 22 e 29, sempre às 19h, na Escola de Música da UFRJ, com  entrada franca.

Confira a programação:
Bienais Olímpicas
Dias 15, 22 e 29 de agosto
Segundas-feiras, às 19h

Escola de Música da UFRJ – Salão Leopoldo Miguez
Rua do Passeio, 98, Centro– Rio de Janeiro (RJ)
Lotação: 600 lugares

Duração dos concertos: 80min

*Entrada franca.


15 de agosto

– Autores:
Ricardo Tacuchian – Quarteto de cordas nº 4
João Guilherme Ripper – Lux aeterna

Músicos:
Quarteto Radamés Gnattali: violinos-Carla Rincón e Andréia Carizzi, viola-Marco Catto, violoncelo-Hugo Pilger. Músicos extra: soprano-Carolina Faria, oboé–Victor Astorga

Autores:
Marcílio Onofre – Granum volubile
Marcos Nogueira – Cinerama
Marlos Nobre – Nonetto

Músicos:
Grupo Cron: flauta-Felipe Marateo, clarone/clarineta-Marcos Passos, trompa-Waleska Beltrami, violino-Tais Soares,violoncelo-Janaína Salles, contrabaixo-Claudio Alves, piano-Tatiana Dumas, tímpanos-Philipe Davis, percussões-Rafaela Calvet e Pedro Moita, regência-Marcos Nogueira


22de agosto

– Autores:
Mário Ferraro – Sambaquis
Murillo Santos – Música para dois pianos
Ronaldo Miranda – Festspielmusik

Músicos:
Duo Bretas/Kevorkian: piano-Josiane Kevorkian e Patricia Bretas. Músicos extra: Duo Leo Souza – Rodrigo Foti (percussões)

– Autores:

Raul do Valle – Metalescencia  – I fanfarra  II coral  III pantomima
Tim Rescala – Desdobrado
Alexandre Schubert – Sinfonias

Músicos:

Art Metal Quinteto: trompetes-Jessé Sadoc e Wellington Moura, trompa-Antônio Augusto,fagote-João Luis Areias, tuba-Eliezer Rodrigues. Músicos extra: órgão-Tamara Ujakova, trompa-Philip Doyle, trombone-Everson Moraes, trombone baixo-Leandro Dantas, regência-Marcelo Jardim


29 de agosto

– Autores:
José Orlando Alves – Quinctus
Edino Krieger – Entrada harmônica e frevo canônico
Caio Marcio – Variações livres para quinteto de sopros

Músicos:
Quinteto Villa-Lobos: flauta-Rubem Schuenck, oboé-Luis Carlos Justi, clarineta-Paulo Sérgio Santos, fagote-Aloysio Fagerlande, trompa-Philip Doyle

Autores:
Ernani Aguiar – Música para 4 violoncelos
Liduino Pitombeira – Contrastes
Ernst Mahle – Quinteto

Músicos:
Quarteto Brasiliana: violinos-Wagner Rodrigues e Willian Isaac, viola-Samuel Passos, violoncelo-Paulo Santoro. Músicos extra: violoncelos-Ricardo Santoro, Martina Ströher e Cecilia Starnig, contrabaixo-Claudio Alves, piano-Tamara Ujakova

Realização do Centro da Música da Funarte (Cemus)

Fotos: Sebastião Castellano


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