A montagem Banzo tem apresentações nos dias 14 e 15 de outubro, sexta e sábado, às 20h, no Teatro Cacilda Becker, no Rio. O espetáculo de dança do Grupo Agô Performances Negras é uma contação de estória performática que dialoga e interage com o público. Buscando difundir uma arte negra contemporânea, com raízes e práticas afetivas e ancestrais, utiliza fragmentos de imaginários negros, com legitimação, valorização e conscientização da história dos negros no Brasil. O ponto de partida é o banzo, nome dado ao sentimento de nostalgia, tristeza, saudades da pátria, costumes familiares e principalmente da liberdade que os negros africanos escravizados sentiam ao serem tirados de seu país de origem.
A presença performática de cinco artistas negros em cena, com marcas, elementos e experiências de diásporas, onde as histórias/corpos trazem discursos e memórias de força estética e social. O grupo Agô Performances Negras possui experiência em dança, música, teatro e contação de estórias há mais de 8 anos, e se formou em março de2015.
Em 2016, Banzo já fez apresentações na Fábrica de Cultura da Vila Nova Cachoeirinha; EMEF Antonio Pereira Ignácio na cidade Tiradentes; Aparelha Luzia, Mostra de Artes Cênicas – Estéticas das Periferia; Jornada Municipal de Educação para as Relações Étnico-raciais; Ação Educativa, Ocupação Preta na Funarte/SP; e Fundação Casa de Santo André – Unidade
Grupo Agô Perfomances Negras
Nascido em 2015, impulsionado pelas provocações do I Colóquio Internacional O Afro Contemporâneo nas Artes Cênicas: Perspectivas Teóricas, Poéticas e Pedagógicas, que ocorreu no Instituto de Artes da UNESP, o Grupo Agô Perfomances Negras surgiu da vontade inicial dos artistas negros Rose Mara Silva, Vanessa Soares e Wil Oliveira de formar um grupo que abordasse as heranças ancestrais africanas que atravessam o tempo e a história, e compõem parte relevante da cultura brasileira. Os três artistas já desenvolviam trabalhos relacionados a ações negro afirmativas em seus trabalhos, separadamente e em outros grupos, há mais de 5 anos, e a partir do Colóquio resolveram unir forças e habilidades e fundar o Agô Performances Negras. Com um ano e três meses de trajetória, o grupo tem apresentado seu primeiro trabalho Banzo em eventos no eixo Rio/São Paulo, e conta com mais dois integrantes: a estagiária/atriz juvenil Yhasmmyn Moreno e o ator congolês Tresor Muteba, buscando fomentar espaço de formação e protagonismo de jovens negros interessados em ingressar no universo artístico, além da inserção de artistas africanos na cena artística brasileira.
Mariana Miguel
Atua como atriz desde 2010. É especialista em gestão de Políticas Sociais e graduada pelo programa integrado de Serviço Social/Ciências Sociais pela PUC-SP. Estuda teatro, dança e performance em diferentes instituições na cidade de São Paulo. Participou como atriz protagonista no longa-metragem Um salve, doutor!, dirigido pelo cineasta Andrio Candido. Atuou também como educadora social no Centro de Proteção à Criança Vítima de Violência do Instituto Sedes Sapientiae. No coletivo Em Alto e Bom Tom, atua na produção de oficinas; também é educadora e idealizadora dos projetos de performance, dança e teatro.
Wil Oliveira
Como artista pesquisador foi idealizador do Coletivo Agô Performances Negras e Grupo Artístico Imani, ambos com pesquisas históricas e sociais em relação a questões referentes ao povo negro. Como ator, participou de novelas, filmes de curta e longa-metragem e nas peças teatrais Performance Brasil Negreiro, com direção e concepção próprias; Eleguá Menino e Malandro, com a cia. Clã do Jabuti; Banzo, com o coletivo Agô Performances Negras; Luz Negra Negros em Movimento, com o grupo Artístico Imani; Frida Dor e Paixão, com a Cia Teatral Mamulengos, direção Gisleide Santos; Dandara, a Rainha do Brasil (peça premiada com o PROAC Prêmio de Proteção e Promoção das Culturas Negras no Estado de São Paulo), com a Cia Teatral Mamulengos, direção Gisleide Santos; Burundanga, direção Luís Toledo; Eles Não Usam Black Tie, direção Luís Toledo, além de outras montagens. Como cantor participou dos grupos: Vocal Imani, Coral Martin Luther King, Coral Resistência de Negros, Coral Madrigals e Banda Afrolis. Dedica-se à arte educação desde 2014, na Casa de Cultura Júlio Guerra.
Vanessa Soares
Dançarina e atriz, atua com produção desde 2002. Seu primeiro projeto, em atuação desde 2008 é Dança com P, no qual, além de dançar, Vanessa lê poesias e faz intervenção com o público. Seus movimentos são: dança dos orixás, contemporâneo e afrobeat da Nigéria, pois pesquisa os músicos Fela Kuti e Tony Allen desde 2008, além da africana Miriam Makeba. Participou de apresentações realizadas com o espetáculo Banz, nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, e solo nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Santos, São Carlos, Campinas, Ribeirão Preto, São José dos Campos, Bauru, Araras, Belo Horizonte, além de Paris, Buenos Aires e na Nigéria. Também ministra oficinas em eventos culturais, saraus, festivais, abrigo, casa de acolhida para mulheres que sofrem violência doméstica e psicológica, Fundação Casa para meninos e meninas e para as mães desses internos. É integrante do Coletivo Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop, Agô Performances Negras e Kultafro. Participou dos clips de Rincon Sapiência, de Seun Kuti Black Woman e Little Lion Man (Mumford & Sons Cover) da Badi Assad.
Ficha Técnica:
Estória: Wil Oliveira
Performers: Mariana Miguel , Vanessa Soares, Wil Oliveira
Criação e direção coletiva
Duração: 60 minutos
Serviço:
Banzo
Dia 12 de outubro – Montagem e ensaio (verificar horário)
Dia 13 de outubro - Vanessa Soares Dança com P. – Oficina de Afrobeat + Exibição do Vídeo: “Omoshalewa Lagos/Nigéria 2015” + Palavras de Fela Anikulapo Kuti + Bate Papo
Das 19h às 22h
Público: a partir de 10 anos
Valor: R$20 (preço único)
Dias 14 e 15 de setembro
Montagem e Passagem às 16h
Apresentação do Banzo às 20h
Valor: R$20 e R$10 (meia)
Local: Teatro Cacilda Becker
Rua do Catete, 338 – Largo do Machado , Rio de Janeiro (RJ)
(21) 2265-9933