A Fundação Nacional de Artes – Funarte recebe no Teatro Dulcina, no Centro do Rio de Janeiro, o Coletivo Bichos de Teatro, de 12 de outubro a 6 de novembro.
Contemplado no chamamento Público Cena Aberta Funarte 2016 – Rio de Janeiro para a ocupação do espaço, o projeto CBT Ocupa o Dulcina inclui seis espetáculos teatrais, sendo quatro adultos e dois infantis, a preços populares. Oficinas, performances, leituras dramatizadas e diálogos, com entrada franca, também estão na agenda.
A proposta artística, que reúne comédias, musicais e dramas de vários estilos teatrais, tem como tema central as “relações de opressão”.
Os espetáculos de teatro adulto do CBT Ocupa o Dulcina serão apresentados sempre de quinta-feira a domingo, às 19h. As montagens de infantil serão aos sábados e domingos, às 16h. O preço dos ingressos é R$30, com meia-entrada a R$15 e R$10 para “lista amiga”.
As atividades adicionais gratuitas
Quatro leituras dramatizadas de cinco peças serão realizadas às quartas-feiras, de 12 de outubro a 2 de novembro, sempre às 19h. Além disso, a cada semana, um artista diferente vai fazer uma performance, dez minutos antes de cada espetáculo. A entrada desta apresentação estará incluída no ingreso da montagem. Para essa criação, os artistas vão receber uma “provocação”, vinculada ao tema do projeto. Depois de cada leitura, haverá um debate.
O público está ainda convidado a participar das rodas de conversa, nos dias 14 e 28 de outubro (sextas-feiras), às 15h. A proposta dos diálogos é agregar diferentes “articuladores culturais que trabalhem com teatro social”, para reunir suas várias iniciativas de “promoção social através da arte” e divulgá-las. Haverá a participação de um “provocador”.
Uma oficina de criação teatral promovida nos dias 21 de outubro e 4 de novembro (sextas-feiras), às 15h. Seu eixo temático central é “a relação ‘espaço – emoções’”.
O ingresso para todas essas atividades adicionais é gratuito.
Sobre o Coletivo Bichos de Teatro
O Coletivo Bichos de Teatro reúne artistas-pesquisadores de origens e formações diferentes, mas que compartilham interesses culturais e é sediado em Niterói. As montagens do projeto são produzidos e encenados predominantemente por artistas dessa cidade. A proposta do núcleo teatral é realizar trabalhos artísticos que resgatem um universo lúdico de criação, promovendo a valorização da cultura brasileira e dos seus típicos personagens e enredos.
Os espetáculos
Teatro adulto
1) De 13 a 16 de outubro,
O Leite da jacaroa
A peça conta a história de um servo que, para atender ao desejo estranho de sua patroa grávida, precisa empreender uma jornada em busca do exótico “leite de jacaroa”. Mas ele porta apenas algumas moedas e tem a seu favor somente seus truques de sobrevivência. Com sua esperteza posta à prova em todo o trajeto, conseguirá o ridículo herói cumprir sua missão?
A dramaturgia é do gênero “commedia dell’arte” – estilo burlesco italiano do Séc. XVI, que inclui elementos de mímica e acrobacia circense –.
Classificação etária: livre
Ficha técnica/artística
Direção e dramaturgia: Andréa Terra
Elenco: Douglas Ramalho, Felipe Barros, Julia Onofre e Rafael Ferreira
Direção de arte: Elisa Pessa, Felipe Barros, Felippe Ronan, Jordana Corrêa, Karina Mills e Rafael Fiuzza
Direção musical: Tito Vianna
2) De 20 a 23 de outubro
Guerr-ILHA
A encenação, no gênero eatro documentário, leva o público aos anos 1960 e mostra um casal, que tem suas vidas totalmente modificadas pela ditadura militar.
Classificação etária: 16 anos
Ficha técnica/artística
Direção: Ricardo Rocha. Dramaturgia: Andréa Terra
Elenco: Flavio Trolly, Fraya Hippertt, Juliano Antunes e Andréa Terra
Direção de arte: Felipe Barros
3) De 27 a 30 de outubro
D’Ela e das mortes
Na peça, o mito de Lilith, cujo nome teria sido retirado das escrituras e que seria primeira companheira de Adão, anterior a Eva, é revisitado. O texto traz uma sociedade imaginária e opressiva. Um ambiente que tanto pode ser primitivo como catastrófico, onde mulheres e homens trazem à cena temas como “a profanação do feminino” e “as marcas da desigualdade estabelecidas pelo modelo de sociedade patriarcal”.
Classificação etária: 16 anos
Ficha técnica/artística:
Direção e dramaturgia: Andréa Terra
Elenco: Amanda Calabria, Andréa Terra, Camila Zarite, Felipe Barros, Gabriel Barros, Renan Albuquerque, Renata Lages, Thi Cardoso, Vanessa Meyer e Vinicius Andrade
Direção de arte: Vanessa Meyer
Preparação vocal: Thi Cardoso
Projeto de iluminação: Gabriel Barros e Renan Albuquerque
Gênero: Drama adulto
4) De 3 a 6 de novembro
A farsa da viúva arruinada
A comédia musical, com elementos de farsa, leva o público à cidade fictícia de Gogó da Ema, onde conhece uma viúva de reputação ilibada, que apela para diversas falcatruas, modificando a rotina do lugar.
Classificação etária:14 anos
Ficha técnica/artística
Direção e dramaturgia: Andréa Terra
Supervisão artística: Fabio Freitas
Assistente de direção: Rafael Ferreira
Elenco: Adriano Lourenço, Aninha Pessa, Ariel Philippe, Felipe Barros, Felippe Ronan, Julia Onofre, Jordana Corrêa, Kire Zul, Natália Bunahum, Nathalia Rodrigues, Rafael Ferreira, Solange Pessa, Thi Cardoso e Vinicius Andrade
Direção de arte: Felipe Barros, Julia Onofre e Vinicius Andrade
Direção musical: Tito Vianna
Arranjos: Zelly Mansur. Composição: Silas Mendes. Preparação vocal: Thi Cardoso
Teatro infantil
De 15 a 23 de outubro
Pedro é eu
O musical infantil apresenta quatro amigos, que jogam bola e pulam corda, fazem uma viagem através da imaginação. O problema é que todos eles se chamam “Pedro”! A peça narra as aventuras desses companheiros de brincadeira pelo universo do faz de conta, na busca da própria identidade.
Classificação etária: Livre
Ficha Técnica e artística
Direção e dramaturgia: Andréa Terra
Elenco: Adriano Lourenço, Douglas Ramalho, Julia Onofre, Thi Cardoso e Vinicius Andrade
Direção musical: Tito Vianna
Figurino: Felipe Barros
Gênero: Musical infantil
29 e 30 de outubro e 5 e 6 de novembro
Cabelos arrepiados
A peça conta a história de crianças insones, que enfrentam os perigos gerados pelos “maus pensamentos” e pelos sonhos ruins, brincando com a imaginação. Bem-humorada, a peça reserva supresas. Com projeções e com música cantada e tocada ao vivo, o espetáculo tem como proposta divertir crianças e adultos e levá-las a brincar com seus medos.
Classificação etária: Livre
Ficha Técnica/artística
Dramaturgia: Karen Acioly. Direção: Erika Ferreira
Elenco: Clarisse Eichler, Marina Rodrigues Castilho, Jade Cardozo, Monique Feder, Fernanda Fernandes, Thaynná Curcino, Leonardo Pereira, João Lucas Peroca, Giovanni Mezavilla, Nelson Gaia e Tom Marinho.
Gênero: Musical infantil
Leituras dramatizadas
Às quartas-feiras, de 12 de outubro a 2 de novembro, sempre às 19h, com entrada franca
A ideia das quatro sessões de leitura dramatizada é ofertar espaço para que novos dramaturgos, que interajam com a proposta da ocupação, possam mostrar e desenvolver seu trabalho. Serão lidos textos contemporâneos, que tratem das relações de opressão na cultura brasileira. Depois das leituras haverá debates, nos quais o público terá a chance de partilhar experiências e dialogar com os autores das peças. Com a presença de um “provocador”, os debates tem como alvo “extrair reflexões e propostas de ações a partir da dramaturgia e dos comentários tecidos pelo público”.
Agenda de leituras dramatizadas
12/10 – Coma! – Dramaturgia: Gabriel Barros, Rafael Ferreira e Ariel Philippe
19/10 – Como nascem as oliveiras – Dramaturgia: Andressa Hazboun
26/10 – Tiros, perdas e contas e Auto da resistência – Dramaturgia: Jorge Santos
2/11 – Metástase – Dramaturgia: Gabriel Barros
Performances
As performances serão apresentadas dez minutos antes de cada espetáculo. A entrada estará incluído no ingresso do espetáculo. Cada semana um artista diferente se apresentará. Como estímulo à criação eles receberão uma provocação, vinculada à temática do projeto: “relações de opressão”. A classificação indicativa da performance será condizente com a indicativa da peça do dia. “A iniciativa se repetirá a exemplo da bem sucedida experiência das performances durante a ocupação da Mostra de Cenas Autorais e Independentes, no mesmo teatro, em junho deste ano”, acrescenta o Coletivo Bichos de Teatro.
Rodas de conversa
14 e 28 de outubro, às 15h. Entrada franca
As Rodas de conversa tem como objetivo agregar diferentes “articuladores culturais que trabalhem com teatro social”, para reunir suas diversas iniciativas de “promoção social através da arte”, divulgá-las, através do público espontâneo do projeto, dando a elas mais visibilidade. Para o CBT, esses trabalhos compõem verdadeiros “celeiros de artistas” nas localidades em que são realizados, além de instaurar uma nova dinâmica de formação artística. Os dois encontros terão cerca de duas horas de duração cada um. Num debate “horizontal”, o público poderá direcionar pergunta aos convidados, contando, além disso, com a participação de um “provocador”.
Oficina teatral
21 de outubro e 04 de novembro, às 15h. Entrada franca
A relação “espaço – emoções” estrutura a vivência dos participantes da oficina teatral. A proposta é que eles tenham a chance de vivenciar uma “dinâmica de abordagem diferenciada” no processo criativo do teatro.
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CBT ocupa o Dulcina
Realização: Coletivo Bichos de Teatro – Niterói (RJ)
Projeto contemplado no Chamamento Público Cena Aberta Funarte 2016 – Rio de Janeiro – Teatro Dulcina
Endereço: Rua Alcindo Guanabara, nº 17 – Cinelãndia – Centro – Rio de Janeiro (RJ)
Tel.: (21) 2240-4879
Mais informações sobre o projeto
www.facebook.com/coletivobichosdeteatro/
coletivobt@gmail.com
Mais informações sobre o Teatro Dulcina
Fundação Nacional de Artes – Funarte
Coordenação de Teatro – Centro de Artes Cênicas
teatro@funarte.gov.br e teatro.funarte@gmail.com