Cia Dançurbana apresenta espetáculo ‘Poracê’, em Campo Grande (MS)

"Poracê", coma a Cia Dançurbana (MS)

Contemplado com o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2015, o espetáculo Poracê, da Cia Dançurbana, faz apresentações nos dias 17 e 18 de maio, com sessões às 15h e às 20 horas, no Teatro Prosa do SESC Horto, em Campo Grande (MS).  São 10 apresentações totalmente gratuitas: cinco em escolas estaduais, uma em universidade e quatro no teatro.

Durante sete meses, os três coreógrafos – Marcos Mattos, Renata Leoni e Franciella Cavalheri, junto aos seis intérpretes-criadores – Adailson Dagher, Ariane Nogueira, Lívia Lopes, Maura Menezes, Thiago Mendes e Rose Mendonça –, mergulharam na produção de Poracê, sendo estimulados a descobrir o significado, a origem de seus nomes.

Os seis intérpretes-criadores de origens diferentes, de tribos diversas, cada um com seu modo de ser e de viver, sua história e sua individualidade fazem parte de um mesmo grupo, uma mesma comunidade, uma sociedade. E é sobre a forma como vivem em comunidade os seres humanos que o espetáculo busca falar. “Essas diferenças dividindo o mesmo espaço, como a sociedade se constitui? Constitui-se de pessoas diferentes, que são de tribos desiguais, que têm jeitos próprios de falar, sons distintos, entre outros”, diz a coreógrafa Franciella Cavalheri. Comunidade, força do conjunto, coletividade, o estar junto e, dentro disso, a singularidade da identidade, da ancestralidade, do ajuntamento e das tribos.

Poracê, em Nheengatu – língua derivada do tronco tupi do tupi-guarani – é designada como dança indígena de celebração ou baile. O trabalho é uma metáfora do significado dessa palavra. A companhia se debruçou sobre “uma ideia de dança de índios” (uma fabulação), algo que já estava no imaginário dos criadores. O coreógrafo Marcos Mattos explica que a parturição da língua pesquisada e a sua sonoridade, provocaram os coreógrafos e os intérpretes-criadores na incursão no universo indígena, traçando um paralelo com a criação dos movimentos das danças urbanas (tão influenciados pela sonoridade das letras (rap) e das batidas das músicas da cultura Hip Hop.

“Pesquisamos a aproximação desses modos de compor dança, música e movimento, em diálogo com o contexto local”, completa Marcos. No palco, danças urbanas, dança contemporânea e técnicas de improvisação poderão ser vistas nos movimentos. Poracê também foi contemplado com o Prêmio Célio Adolfo de Incentivo à Dança 2016.

Apresentações em escolas e universidade

As primeiras apresentações do espetáculo acontecem no dia 11 de maio na Escola Estadual José Maria Barbosa Rodrigues, com sessões às 10h, 16h e 20 horas. Depois, no dia 24, Poracê chega à Escola Estadual Waldemir Barros da Silva, com sessões às 10h e às 16 horas. Haverá ainda uma apresentação no anfiteatro da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), no dia 29, às 18 horas.

Apresentações ao grande público

Para o grande público, o espetáculo será apresentado nos dias 17 e 18 de maio, com sessões às 15h (especialmente voltadas para alunos de escolas públicas) e, às 20 horas, no Teatro Prosa do SESC Horto, localizado na Rua Anhanduí, 200, Campo Grande (MS). Os ingressos serão distribuídos gratuitamente sempre uma hora antes do início de cada apresentação.

Cia Dançurbana

Nascida em 2002, a Cia Dançurbana desenvolve um trabalho de formação, produção e difusão da dança em Campo Grande e Mato Grosso do Sul. É uma companhia de dança profissional independente, que realiza espetáculos, cursos, oficinas, encontros e palestras, pautadas pela sustentabilidade e continuidade da realização de trabalhos, que se relacionem com a comunidade, com o público em geral. A técnica inicial de movimento usada pela companhia são as Danças Urbanas e seus mais diversos estilos, porém não utilizadas como fim e sim como meio para as criações. Principais espetáculos: Urbanóides (2008), Plagium? (2009), Singulares (2012), Soma Onze (2013), De Passagem (2015) e FLUZZ (2016). Principais destaques: Prêmio Célio Adolfo de Incentivo à Dança 2013, Prêmio Funarte Klauss Viana 2011 e Prêmio Destaque Cultural 2014. Com o espetáculo Plagium?, em 2014 a Cia integrou a programação do Palco Giratório Sesc, o maior circuito de artes cênicas do Brasil, passando por 44 cidades. A companhia é a única de MS que teve, por dois anos consecutivos, o patrocínio de O Boticário na Dança, Eletrobras Furnas e Digx.

Ficha técnica:
Direção: Marcos Mattos
Coreografia: Marcos Mattos, Renata Leoni e Franciella Cavalheri
Intérpretes-criadores: Adailson Dagher, Ariane Nogueira, Lívia Lopes, Maura Menezes, Thiago Mendes e Rose Mendonça
Assistentes de produção: Reginaldo Borges e Kelly Queiroz
Fotografia e audiovisual: Cravo Filmes
Design Gráfico: Felipe Leoni
Figurino: Herbert Corrêa e Marcos Mattos
Trilha sonora: Antônio Porto
Técnico de som: Adriel Santos
Iluminação cênica: Cadu Modesto
Texto do programa: Camila Emboava
Produção: Arado Cultural

Realização
Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2015
Prêmio Célio Adolfo de Incentivo à Dança 2016

Apoio
SESC MS

Mais informações
(67) 9 9238-2829

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www.dancurbana.com.br

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