História da catadora de papel que se tornou escritora é contada no Teatro Dulcina (RJ)

"Carolina Maria de Jesus - Diário de Bitita" com Andréia Ribeiro. Foto: Nilse Martins

Recorde de público nos espaços onde se apresentou, o espetáculo Carolina Maria de Jesus – Diário de Bitita chega ao Teatro Dulcina, no Centro do Rio de Janeiro. Interpretado pela atriz Andréia Ribeiro, o monólogo leva ao público a história e a obra da escritora mineira que, para sustentar a família, catava papel nas ruas de São Paulo e registrava em diários a sua dura realidade. A temporada vai até 1º de outubro, de quarta a domingo, às 19h30, com ingressos a R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada).

Descoberta pelo jornalista Audálio Dantas, Carolina teve seu primeiro livro – “Quarto de Despejo” – publicado nos anos 60, com enorme sucesso. A peça, em cartaz no Dulcina, é uma adaptação de outro livro de Carolina Maria de Jesus, Diário de Bitita, publicado após a sua morte. A montagem segue o fluxo de memória da escritora, conjugando a irreverência poética do olhar infantil sobre o mundo e a amargura de quem já sofreu muito na vida. No espetáculo, passado e presente se misturam para contar uma história fantástica de superação e resiliência. A adaptação e a direção da peça são de Ramon Botelho.

Carolina Maria de Jesus – Diário de Bitita estreou em novembro de 2015, no Teatro Municipal de Uberlândia, e lotou os 750 lugares do espaço em todas as sessões. Em 2016, passou por Tiradentes (MG), participou do 5º Salão do Livro de Guarulhos (SP) e do 2º Festival Midrash de Teatro, no Rio de Janeiro (RJ).

Hoje traduzida em diversos países, a obra de Carolina Maria de Jesus é estudada e referenciada mundo afora. Carolina foi incluída na Antologia de Escritoras Negras, publicada em 1980 pela Random House, em Nova York; e no Dicionário Mundial de Mulheres Notáveis, publicado em Lisboa por Lello & Irmão.

Nos anos 60, a atriz Ruth de Souza interpretou a escritora no teatro. Na televisão, o papel coube a Zezé Mota, em adaptações da obra Quarto de Despejo. Agora, a atriz Andréia Ribeiro dá vida à personagem nessa montagem de Diário de Bitita.

Sobre Andréia Ribeiro
Atriz formada pela CAL (Casa das Artes de Laranjeiras) e bailarina em dança contemporânea na Escola Angel Vianna, possui pós-graduação em Preparação Corporal nas Artes Cênicas – Escola Angel Vianna e é bacharel em Comunicação Social – Relações Públicas. É também diretora da empresa Casa Forte Produções Culturais e Esportivas.

Seus trabalhos em teatro: atriz, pesquisadora e produtora do espetáculo teatral Carolina Maria de Jesus – Diário de Bitita (2015/ 2016); atriz, pesquisadora e produtora do espetáculo Memorial (2007 a 2009); Fuga (2007); O Impulso que me Move – teatro e dança em 2006, com roteiro e direção de Andréia Ribeiro; Janelas (2006); Cai o Pano (2002); atriz e produtora do espetáculo Retalhos para um Recital, baseado na obra de Adélia Prado (2001).

Fez parte também, durante três anos, do Grupo Muito Prazer, dirigido por Márcio Vianna, atuando nos espetáculos O Último Bolero (1995) e Farra dos Atores (1995). Nesse mesmo ano, participou do festival de teatro 2º Porto Alegre em Cena. Atuou ainda nos espetáculos Os Sete Gatinhos e Bonitinha, mas Ordinária, em 1993; Yerma (1991) e O Alienista, que teve sua estreia no Teatro Cacilda Becker, em 1992.

Em televisão, atuou nas novelas Vitória (2014 – Rede Record) e Vidas em Jogo (2012 – Rede Record); série A Grande Família (2007/2008) e novela Pé na Jaca (2007), ambas da Rede Globo; programa Tira Onda (2005 – Canal Multi Show); novelas Mulheres Apaixonadas (2003) e Uga Uga (2001), da Rede Globo. Participou dos programas Linha Direta: Sandra Cristina (2000) e Filho Bastardo (2000), e das minisséries Chiquinha Gonzaga (1999) e Memorial de Maria Moura (1995), todos da Rede Globo. Na extinta Rede Manchete, fez as novelas Mandacaru (1998) e Tocaia Grande (1997).

No cinema, participou do longa Taiguara – O Significado da Liberdade (2011) e dos curtas Pretérito Imperfeito (2009); Nossa Senhora Meninas (2001) e Madalena (2002).

Cursos e oficinas: Olhar do Diretor, ministrado por Denise Saraceni; Construção da Personagem com Luís Melo; Interpretação para Ator de TV com Wolf Maya; Técnica e o Estado da Criação, ministrado por Ana Kfouri; Workshop com Théâtre Talipot.

Serviço

Carolina Maria de Jesus – Diário de Bitita
Com Andréia Ribeiro
Adaptação e direção: Ramon Botelho
Até 1º de outubro
Quarta-feira a domingo, às 19h30
Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)

Teatro Dulcina
Rua Alcindo Guanabara, 17, Centro, Rio de Janeiro (RJ)
Telefone: (21) 2240-4879

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