Mineiro de Belo Horizonte, Flávio Henrique Alves de Oliveira tinha 49 anos e morreu nesta quinta-feira, dia 18 de janeiro, em decorrência de complicações por febre amarela. Compositor e produtor musical, ele também era presidente da Rádio Inconfidência e da Rede Minas, responsáveis pela comunicação pública do estado de Minas Gerais.
Diretor do Centro da Música da Funarte, Marcos Souza destaca que “Flávio era um grande compositor, aquele jeito mineiro, tem um CD lindo com a cantora Marina Machado e estava tocando uma das rádios mais importantes do Brasil, a Rádio Inconfidência, que só toca música brasileira! Compôs com Chico Amaral um hino dos mineiros, a linda canção Casa Aberta, gravada por Milton Nascimento. Uma perda de um talento que tinha ainda muita estrada pela frente!”
Com oito CDs autorais, um DVD e centenas de músicas gravadas, Flávio Henrique foi parceiro de grandes nomes da música brasileira, como Paulo César Pinheiro, Chico Amaral, Toninho Horta, Milton Nascimento, Lô Borges, entre outros. Seu último trabalho foi o CD Zelig, lançado em 2012.
Era considerado também como um dos pioneiros do Carnaval em Belo Horizonte. Em 2012, compôs a música Na Coxinha da Madrasta, que se tornou o primeiro hit da safra de marchinhas. A composição faz alusão ao uso da verba indenizatória por um vereador na lanchonete da madrasta.
O músico integrava ainda o quarteto Cobra Coral, fundado em 2010. Em sua página oficial, o grupo – formado também por Kadu Vianna, Mariana Nunes e Pedro Morais – se despede do amigo: “A família Cobra Coral está sem chão com a partida do nosso Flávio… Vai em paz irmão. Somos gratos por tantas histórias, tanto amor, tanta música, viagens, gargalhadas, shows, bastidores, festas e cada momento que pudemos viver juntos.”
Leia aqui o depoimento de Flávio Henrique para o Museu Clube da Esquina