Lírio Mário da Costa (1923-1995), mais conhecido como Costinha, foi um grande humorista e ator brasileiro. Neste 25 de março, ele completaria 98 anos. Para marcar a data e celebrar a memória do artista, a Fundação Nacional de Artes – Funarte destaca alguns pontos significativos da trajetória dele, com passagens pelo teatro, televisão e cinema.
Filho de um palhaço de circo, chamado “Bocó”, Costinha nasceu no bairro de Vila Isabel, Zona Norte do Rio de Janeiro, então Capital Federal. Foi criado, até o início da adolescência, em um ambiente circense. O pai deixou a família quando Costinha tinha 13 anos. O menino, então, deixou o terceiro ano do antigo ginásio e começou a trabalhar. Depois de passar por diversas funções — como vendedor de bilhetes de loteria e garçom —, Costinha investiu na carreira artística.
Teatro, rádio, TV e cinema
O primeiro trabalho no teatro veio em 1941, com o espetáculo Uma Pulga na Camisola. No ano seguinte, Costinha já registrava suas primeiras experiências como radialista. Foi no rádio que Costinha começou a ganhar destaque, com imitações de Jânio Quadros – então prefeito de São Paulo. Desde então, foram diversos espetáculos e shows de humor, como Morno e Manso, O Donzelo e Mamãe e O Presidenciável. Nas décadas de 1970 e 1980, lançou diversos LPs, com seleções de suas piadas — entre eles, As Proibidas do Costinha.
Já na televisão, foram incontáveis participações, iniciadas nos anos 1960. Esteve com os programas Costinha e Comédia Máxima na TV Excelsior e com Comédia do Costinha na TV Tupi. Em 1985, apresentou Domingo de Graça, na TV Manchete. Em 1989, virou protagonista do programa Só Riso na Praça. Depois, participou de vários outros programas de humor, como Os Trapalhões, Balança Mas Não Cai e Estados Anysios de Chico City. Também foi jurado no programa do Chacrinha e participava com frequência de outras atrações da TV. Um dos seus papéis mais marcantes na televisão foi o personagem Mazarito, na Escolinha do Professor Raimundo.
No cinema, esteve em filmes como O Libertino, Costinha e o King Mong, Carnaval Barra Limpa e uma versão brasileira de As Aventuras de Robinson Crusoé.
Costinha faleceu em 15 de setembro de 1995. No teatro, suas últimas peças foram Curta e Grossa e Reverência de Um Gay. Na TV, a última participação foi como o Mazarito da Escolinha.