Oratório – A Saga de Dom Quixote e Sancho Pança

Oratório - Foto: Bruno Magalhães

Entre os dias 31 de janeiro a 3 de março, quinta-feira a sábado, às 20h, e domingo, às 19h, a Funarte MG recebe o musical Oratório – A Saga de Dom Quixote e Sancho Pança. O espetáculo, da Cia. Burlantins, integra a programação da Mostra Benjamin de Oliveira e também a 39ª Campanha de Popularização do Teatro e Dança, e tem os cantores e compositores Sérgio Pererê e Mauricio Tizumba à frente do elenco, nos papéis do icônico fidalgo e de seu escudeiro.

A escolha de atores-cantores não é gratuita. Como nos trabalhos anteriores da Cia. Burlantins, a música é também personagem e, por meio dela, diferentes ritmos e culturas são visitados em um passeio pelo universo quixotesco. Além de atuar, Mauricio Tizumba assume também a direção musical do espetáculo. Já Sérgio Pererê assina as composições da trilha sonora, com arranjo dos músicos e atores Everton Coroné e Alysson Salvador, que dividem o palco com a dupla. “É um espetáculo com ‘polirritmia’: como em um passeio pelo Brasil, ouvimos um pouco de xote, forró, blues, maracatu, e até um pouco da música de Andaluzia, terra de Quixote”, explica Sérgio Pererê.

O diretor, autor, roteirista e ator Eid Ribeiro é o responsável pelo roteiro que mantém as falas originais do clássico de 1604, escrito pelo espanhol Miguel de Cervantes. A atriz Paula Manata, do grupo Armatrux, repete a parceria firmada com o grupo em “Zeropéia – O Show”, de 2007, e assume a direção do espetáculo. Para coordenar a dança, foi escolhida a coreógrafa Giovana Penna, que ajuda a conferir um pouco de gingado brasileiro ao herói castelhano. Compõem também a equipe o diretor de clipes e desenhista Conrado Almada e o cenógrafo Dudu Félix, que dão vida a aspectos imagéticos da obra de Cervantes assinando a concepção estética e os bonecos – jumento e cavalo – que dividirão cena com os atores. As artistas Maria Luiza Magalhães e Janaína Castro, que trabalham com o Grupo Corpo, cuidam dos figurinos da peça.

MOSTRA BENJAMIN DE OLIVEIRA

Idealizada pela Cia. Burlantins, companhia teatral que tem à sua frente o cantor e compositor Maurício Tizumba, a mostra tem foco nas artes cênicas e prevê 77 dias de programação, sempre de quinta-feira a domingo. Ao todo, serão 21 espetáculos teatrais, de dança e de circo, entre apresentações para o público adulto e infantil. A programação contempla ainda oficinas e atividades especiais para escolas públicas.

O nome da mostra já revela seu eixo temático. Benjamin de Oliveira, patrono da Burlantins desde a fundação do grupo, nasceu em 1870 e foi o primeiro palhaço negro do Brasil. É considerado o criador do circo-teatro brasileiro, gênero que levava para as ruas paródias de operetas, contos de fadas teatralizados e grandes clássicos da literatura. Nos entreatos, cantava lundus, chulas e modinhas em companhia de seu violão. Ao escolher o nome daquele que era conhecido como “Rei dos Palhaços”, a companhia reitera seu desejo de valorizar a riqueza cultural dos negros brasileiros. Os espetáculos e demais atividades trazem, portanto, a cultura afro como tema ou um elenco predominantemente negro. “Esses foram os critérios que nortearam a escolha dos grupos, mas somamos a isso a excelência dos trabalhos e dos profissionais envolvidos”, explica Maurício Tizumba, diretor artístico da mostra.

Concorrendo com outros seis projetos, a Mostra Benjamin de Oliveira foi contemplada pela Fundação Nacional de Artes – Funarte no Edital de Ocupação do Galpão 3 da Funarte MG 2012.

SERVIÇO:

MOSTRA BENJAMIN DE OLIVEIRA
Funarte MG (Rua Januária, 68, Floresta – BH/MG)

Oratório – A Saga de Dom Quixote e Sancho Pança (Cia. Burlantins)
31 de janeiro a 3 de março (exceto de 07 de fevereiro a 10 de fevereiro)
Quinta-feira a sábado, às 20h
Domingo, às 19h

R$10,00 (inteira), R$5,00 (meia)
A bilheteria abre uma hora antes do espetáculo

Sinopse:
Após ler muitos romances de cavalaria, um fidalgo castelhano perde a razão e passa a peregrinar em busca de aventuras como as de seus heróis. Agora, em terras mineiras, Dom Quixote e seu fiel escudeiro Sancho Pança estão em um espetáculo que une elementos clássicos da obra de Miguel de Cervantes e da cultura brasileira. No musical, diferentes ritmos são visitados em um passeio pelo universo quixotesco.

Informações:

burlantins.com.br/benjamin

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