Funarte lamenta morte do dramaturgo, ator e diretor de teatro Fauzi Arap

A Fundação Nacional de Artes (Funarte) lamenta a morte do diretor de teatro, ator e dramaturgo Fauzi Arap. Ele morreu aos 75 anos, nesta quinta-feira, dia 5/12, em sua casa, em São Paulo. Em 1961, participou, com o Teatro Oficina, da primeira montagem de “A Vida Impressa em Dólar”, de Clifford Odetts,  com direção de José Celso Martinez Corrêa. No Teatro Arena, atuou em “José do Parto à Sepultura”, de Augusto Boal, com direção Antônio Abujamra, em 1961, e em outros espetáculos. No entanto,  passou a se dedicar mais à direção e parou de atuar em 1967, depois de dividir o palco com Nelson Xavier, em “Dois Perdidos Numa Noite Suja”, de Plínio Marcos, em que também assinou a direção.

Iniciou a carreira de diretor ao adaptar para os palcos Perto do Coração Selvagem, de Clarice Lispector. O espetáculo, encenado entre os anos de 1965 e 66, no teatro da Maison de France, reuniu no elenco Glauce Rocha, Dirce Migliaccio, o iniciante José Wilker e o próprio Fauzi Arap se revezando em pequenos monólogos. Clarice não só autorizou a adaptação como esteve próxima dos artistas, como se vê na foto de Carlos Moskovics, do Estúdio Foto Carlos (Acervo CEDOC/Funarte).

Arap também lançou importantes autores, como o próprio Plínio Marcos e Antônio Bivar. Ainda foi o responsável por projetar nacionalmente o nome de Maria Bethânia ao dirigi-la no show Rosa dos Ventos, em 1971. Como dramaturgo, encenou seu texto “Pano de Boca”, que lhe rendeu o prêmio Molière de Melhor Autor.

Acesse aqui “A primeira vez de Clarice Lispector no teatro”, no Brasil Memória das Artes/Portal Funarte

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