A Fundação Nacional de Artes lamenta a morte do coreólogo Emílio Martins, ex-coordenador de Dança da Funarte, no período de 1999 – 2001, ocorrida na quinta-feira (30/01), no Rio de Janeiro. Gaúcho de São Jerônimo (RS), ele veio para o Rio em 1954 – já formado em Belas Artes, ingressando na Escola de Dança do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, atual Maria Olenewa. Formou-se em 1956 em primeiro lugar, e foi o primeiro homem a obter o diploma da Escola.
Emílio Martins especializou-se em coreologia – estudo dos movimentos, dos dançarinos, do som e do espaço geral que articula a forma de dança –, no Benesh Institute of Choreology, de Londres. No Brasil, ele era o único coreólogo devidamente credenciado para remontar alguns balés do repertório clássico. Por 30 anos, Emílio integrou o Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde foi também professor e ensaiador.
Em toda sua vida dedicada à dança, Emílio Martins atuou em companhias importantes como o Ballet Verde Gaio, em Portugal; o Theatre de L’Art du Ballet, em Paris; o Ballet de Santiago do Chile, onde trabalhou com o russo Alexander Prokofiev; além de outros.
Como coreólogo, Emílio Martins atuou no Ballet Estable del Teatro Colón, em Buenos Aires, Argentina; no The New Zealand Royal Ballet, em Wellington, Nova Zelândia; no Ballet del Teatro dell’Opera di Roma, na Itália; e no Ballet Bolshoi, em Moscou, na Rússia.
Emílio Martins foi figura de grande destaque do balé clássico brasileiro e sua morte deixa uma lacuna na dança do nosso país.