Em exposição na Funarte Brasília, a mostra Circuladô, que seria encerrada no dia 16, teve seu período de visitação prorrogado até o próximo domingo, dia 23 de março. Contemplada no Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2013 – Atos Visuais Funarte Brasília – Galeria e Marquise, ela pode ser visitada de segunda a domingo, das 9h às 21h, e a entrada é gratuita. No dia do encerramento, das 17h às 20h, ocorrerá o lançamento do catálogo, contendo texto de Ismail Xavier, teórico e crítico do cinema.
Circuladô, do artista e teórico do cinema e das novas mídias André Parente, é uma videoinstalação interativa e imersiva feita a partir de imagens de arquivo. Nela, o espectador se coloca diante de um totem, sobre o qual há um controlador de multimídia (giroscópio). O visitante faz a imagem e o som se mover para frente ou para trás, ao mesmo tempo em que controla a velocidade do giro dos personagens. As imagens são projetadas em círculo, de tal forma que a pessoa se sinta como dentro de um gigante Zoetrope. O Zoetrope é um dos mais antigos dispositivos de imagem em movimento, inventando em 1834 por William Horner, que o batizou originalmente o “Daedalum” ou “roda do diabo”.
As imagens que compõem o trabalho são loops extraídos de filmes, entre eles: “Édipo Rei” (1967), de Pier Paolo Pasolini, “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1967), de Glauber Rocha, e “Decasia” (2002), de Bill Morrison. Nelas, vemos personagens girarem em torno do seu próprio eixo, em situações limites de loucura, transe, morte, destino. “Circuladô” combina o pré e o pós-cinema, o cinema e a instalação, mídias novas e antigas, e sugere que os espectadores possam experimentar os poderes de hipnose e encantamento das imagens em movimento com seu corpo como um todo.
Sobre André Parente
A artista e teórico do cinema e das novas mídias, é doutor pela Universidade de Paris 8, sob a orientação de Gilles Deleuze. Em 1991, fundou, juntamente com Rogério Luz, o Núcleo de Tecnologia da Imagem (N-Imagem) da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Entre1977 e 2007, realizou inúmeros vídeos, filmes e instalações nos quais predominam a dimensão experimental e a conceitual. Seus trabalhos foram apresentados no Brasil e no exterior (Alemanha, França, Espanha, Suécia, México, Canadá, Argentina, Colômbia, China, entre outros). É autor de vários livros: Imagem-máquina. A era das tecnologias do virtual (1993), Sobre o cinema do simulacro (1998), O virtual e o hipertextual (1999), Narrativa e modernidade (2000), Tramas da rede (2004), Cinéma et narrativité (L’Harmattan, 2005), Preparações e tarefas (2007), Letícia Parente: arqueologia do cotidiano (2011), Cinema em trânsito (2012), Cinema/Deleuze (2013), Cinemáticos (2013), entre outros. Nos últimos anos recebeu diversos prêmios: Prêmio Transmídia do Itaú Cultural (2002), Prêmio Petrobras de Novas Mídias (2004), Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia (2005), Prêmio Petrobras de Memória das Artes (2007), Prêmio Oi Cultural (2010), Prêmio da Caixa Cultural Brasília (2011), Prêmio Estímulo de Produção Artística da Funarte (2012), Prêmio Funarte de Arte Contemporânea (2013).
SERVIÇO
Exposição Circuladô
Contemplada no Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2013 – Atos Visuais Funarte Brasília – Galeria e Marquise
Visitação:
Até 23 de março de 2014 (segunda-feira a domingo), das 9h às 21h
Lançamento do catálogo:
Dia 23 de março de 2014 (domingo), das 17h às 20h
Local: Galeria Fayga Ostrower
Complexo Cultural Funarte Brasília
Eixo Monumental, Setor de Divulgação Cultural, Brasília-DF (entre a Torre de TV e o Centro de Convenções)
Entrada gratuita
Informações: (61) 33222076/ 33222029
atosvisuais@funarte.gov.br
www.funarte.gov.br