Depois de passar pelo Pará, Bahia, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro, o projeto de circulação nacional PEBA fará sua última apresentação no dia 3 de dezembro (sábado), no espaço Cultural José Lins do Rêgo, em João Pessoa (PB). Contemplada com o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2015, a montagem encerra a turnê 2016 na capital paraibana dentro da programação da Interatos – Mostra e Formação Permanente de Circo, Dança e Teatro, uma realização da Fundação Espaço Cultural – Funesc.
Criado no trânsito entre Recife, Salvador e Rio de Janeiro, PEBA brinca com o encontro das siglas de Pernambuco e Bahia (PE-BA), incorporando dança, performance e arquitetura sonora. Este ano, já circulou por Belém (PA), Santo Amaro (BA), Maragogipe (BA), Cachoeira (BA), Natal (RN) e Rio de Janeiro (RJ). Assinada por Iara Sales e Sérgio Andrade, a dramaturgia insinua uma transitoriedade entre os estados, seus folguedos, suas ruas e festas, além de remeter a baixo, nanico; e ainda, na gíria popular, exercer uma função adjetiva chula para aquilo que é precário e de baixa qualidade.
De acordo com seus criadores, PEBA propõe uma “fuleiragem boa” através da arte da dança e de elementos que compõem o espetáculo como gambiarras, reaproveitamento de caixas de som e outros objetos rearranjáveis em cena. O espetáculo pensa a dança como um espaço de discussão, mobilizando provocações críticas sobre as noções de fronteira, de identificação cultural,de cultura popular e de cultura de massa, de espaço individual e de espaço coletivo.
Em tupi, o nome PEBA significa (péua, nhapeua) e também remete a baixo, nanico. E, ainda, na gíria popular, exerce uma função adjetiva chula para aquilo que é precário e de baixa qualidade. A partir deste contexto, a montagem propõe uma “fuleiragem boa”através da arte da dança e de elementos que compõem o espetáculo como gambiarras, reaproveitamento de caixas de som e outros objetos rearranjáveis em cena. Peba pensa a dança como um espaço de discussão, mobilizando provocações críticas sobre as noções de fronteira, de identificação cultural, de cultura popular e de massa, de espaço individual e de espaço coletivo. A dramaturgia é assinada por Iara Sales e Sérgio Andrade.
A trilha sonora original do projeto é assinada por Tonlin Cheng e é executada pelo princípio “live P.A” (Performance Artist), que utiliza música, improvisação e composição ao vivo. Em PEBA, as músicas são compostas por experimentações eletroacústicas, batidas, samplers e citações incidentais de charangas, tecnobregas, sambas, axé, MPB, dentre outras que colaboram com o humor badernista, festivo e lírico do espetáculo.
Oficina: Para se fazer junto
Em João Pessoa, ainda haverá a oficina “Para se fazer junto” nos dias 3 e 4 de dezembro. O curso irá propor experimentações, provocações e estratégias para o desenvolvimento de práticas coletivas a estudantes, artistas, professores e pesquisadores interessados em estudos de dança e de performance. A oficina terá carga horária de 07 horas e a faixa etária é de 16 anos.
Serviço:
Oficina: Para se fazer junto
Data: 3/12 (sábado), das 9h às 13h; 4/12 (domingo), das 10h às 13h
Carga horária: 7 horas
Idade mínima: 16 anos
Espetáculo PEBA
Contemplado no Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna – Circulação Nacional 2015
Data: 3/12 (sábado), às 20h
Local: Espaço Cultural José Lins do Rêgo
Rua Abdias Gomes de Almeida, 800 –Bairro Tambauzinho
Ficha técnica:
Concepção e performance: Iara Sales
Trilha sonora original, arquitetura e performance: Tonlin Cheng
Direção Artística: Sérgio Andrade
Dramaturgia: Iara Sales e Sérgio Andrade
Assessoria Artística e Preparação corporal: Gabriela Santana
Gambiarras, instalações e objetos cênicos: Tonlin Cheng
Figurino: Iara Sales e Maria Agrelli
Citações musicais incidentais: Lavagem de São Bartolomeu, da Orquestra
Popular de Maragogipe; Acabou Chorare, de Luiz Galvão e Moraes Moreira (Novos Baianos); Pernambuco é Brasil, de Moraes Moreira
Direção de Produção: Iara Sales
Direção Artística: Sérgio Andrade
Direção Técnica: Tonlin Cheng
Designer gráfico: Iara Sales e Tonlin Cheng