A Fundação Nacional de Artes – Funarte lamenta a morte do ator, cenógrafo, cenotécnico, engenheiro de cena e músico Adílio Jacintho da Silva, o Adílio Athos, como era conhecido. Nascido em Mimoso do Sul (ES), faleceu aos 82 anos, no Rio de Janeiro, no último dia 3. Ele estudou teatro na Escola Nacional de Artes Cênicas de Praga e participou da construção do estúdio e do teatro de Câmara da TV Angola, tendo sido premiado pela concepção técnica e estética.
Adílio Athos trabalhou na Cia. Carioca de Comédia, Cia. Tonia Carrero, onde criou cenários para diversos espetáculos, entre eles O Contador de Estórias, O Mascote de Outro Mundo e O Ouvidor da República. Em São Paulo, criou cenários para diversos desfiles e espetáculos e participou do Teatro Oficina. Nos anos 80, criou o Teatro Alice em seu atelier de cenografia, onde encenou textos de sua autoria, e criou a Associação Armazém Cultural juntamente com outros cenógrafos. Também ficou conhecido por construir caixas cênicas, entre elas: Teatro Gay Lussac, em Niterói, teatro do CIEP no Morro do Cantagalo e Teatro da Cal, todos no Rio de Janeiro.
Entre os cenógrafos com quem trabalhou destacam-se Napoleão Muniz Freire, Mario Monteiro, Luiz Carlos Ripper, José Dias, Helio Eichbauer, Marcos Flaksman, Naum Alves de Souza, Lidia Kosovski, Teca Fichinski, Doris Rollemberg. Trabalhou ainda com Sérgio Britto, Haroldo Costa (Brasil Canta e Dança), Mauro Mendonça, Rosamaria Murtinho, Nathalia Timberg, Tonia Carreiro, Marieta Severo e Moacyr Góes, entre outros artistas. Adílio também foi professor da IAT/Faetec-RJ, da Uerj e do Ponto de Cultura Palco Escola.